Tiago Mattos, que se apresenta como futurista, resolveu escrever um livro em que analisa como as empresas são afetadas pelas constantes mudanças no mundo dos negócios. Antes de lançar Vai lá e faz: como empreender na era digital e tirar ideias do papel, o sócio da escola de atividades criativas Perestroika conversou com a coluna sobre o cenário gaúcho de inovação e as diferenças entre companhias tradicionais e projetos que nasceram com a aposta em tecnologia.
Dois modelos
"A economia clássica se baseia no paradigma industrial. Tem fluxo de trabalho linear, previsível. Já as empresas digitais não são lineares. Os profissionais mudam mais. Essas empresas são inovadoras. Até há sensação de que basta aplicar uma fórmula para que todos os problemas delas sejam resolvidos. Mas não é assim. Há muitos desafios pela frente."

Empurrãozinho
"O livro ajuda o empreendedor inexperiente a tirar seu projeto do papel. Quando falo em empreender, pode ser criar uma empresa ou aplicar uma iniciativa como um grupo de estudos para crianças ou de ensino de fotografia. O livro também auxilia os empreendedores mais experientes na transformação dos negócios em organismos mais contemporâneos."
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Ganhos e perdas
"O Rio Grande do Sul tem forte natureza empreendedora, com empresas tradicionais e da nova economia. Somos um polo. Ao mesmo tempo, com a desaceleração econômica, empreendedores começam seus projetos no Estado e migram para outros mercados. Perde-se a referência local."
Mapa da inovação
"O lugar mais bacana em inovação no Brasil é o Porto Digital, em Recife. No Rio Grande do Sul, há lugares muito legais, como o Tecnopuc, em Porto Alegre. No Exterior, há iniciativas interessantes em países como Chile e Israel."