Mesmo com verba garantida pelo governo federal para o restauro do Mercado Público de Porto Alegre, atingido por um incêndio há um ano, a prefeitura tenta obter acordo com a seguradora para receber R$ 16 milhões previstos em contrato. A apólice ainda não foi liberada pela Confiança Seguros, e as obras ocorrem graças à liberação de recursos do PAC Cidades Históricas, no total de R$ 19,5 milhões.
Segundo a prefeitura, a Confiança não estaria disposta a honrar todo o valor previsto na apólice, já que o incêndio atingiu metade do segundo andar. De acordo com o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, se os estragos tivessem sido maiores, o valor necessário para a restauração seria ainda maior. A prefeitura negocia um acordo para evitar uma disputa judicial:
- O pior dos acordos sempre é melhor do que uma disputa judicial - avalia Melo.
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Sindicato de corretores adverte sobre atrasos
A prefeitura de Porto Alegre pode ter probelmas adicionais em receber o seguro. Conforme o Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio Grande do Sul (Sincor-RS), a entidade vem recebendo relatos sobre problemas em indenizações envolvendo a Confiança. Segundo o diretor do Sincor-RS André Thozeski, segurados não estariam sendo atendidos pela seguradora, que estaria deixando de repassar comissões e valores de apólices.
O Sincor-RS tem orientado e indicado uma assessoria jurídica para quem quer promover ações de cobrança contra a seguradora, os acionistas e dirigentes. Além disso, informou a situação à Superintendência dos Seguros Privados (Susep). Procurada por Zero Hora ontem, a direção da Confiança não foi localizada.
Trânsito no Centro será alterado
Uma segunda etapa da obra de restauração do Mercado Público deve deslanchar esta semana. Começará a ser feita a desmontagem do telhado atingido pelo fogo. Para isso, será necessário bloquear ruas no entorno do prédio durante o período em que haverá uso de guindastes.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) deve avaliar nesta segunda-feira o projeto de sinalização na Avenida Borges de Medeiros, a primeira a ser interditada. Há possibilidade de que o bloqueio comece na terça.
A segunda etapa da obra deve terminar em oito meses. Está em andamento o restauro interno, previsto para terminar em outubro.