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O uso de GPS nos táxis de Porto Alegre, em testes desde julho do ano passado, mostrou um importante benefício: sete veículos, a maioria roubados, foram recuperados a partir do sinal do equipamento. No entanto, outra informação mostra que irregularidades cometidas pelos próprios taxistas também poderão ser descobertas. Ao longo dos últimos meses, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) localizou, via GPS, alguns táxis fora do Rio Grande do Sul.
O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, não adianta o número de veículos encontrados fora dos limites estaduais - nem onde foram localizados -, mas diz que não são muitos. Ele lembra que a ausência do veículo da sua cidade-sede pode depor contra os próprios taxistas:
- Podemos entrar em contato com ele e dizer: vem cá, o seu táxi está em Curitiba, o senhor tem conhecimento? Ele vai voltar quando? Ou o veículo pode ter sido roubado. Ele pode também ter tirado férias com o táxi, mas isso não é lógico. Quanto mais o permissionário retirar o táxi de operação, vai acabar impactando na própria categoria, demonstrando que há necessidade de ampliar o número de táxis na cidade.
A princípio, não há irregularidade se o táxi está há até 60 dias fora do Estado sem justificar, de acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), Luiz Nozari. Ele não vê problema em que o taxista viaje em férias com o veículo.
- Se o passageiro me pedir para eu levá-lo a Santa Catarina, eu vou, qual o problema? E se eu quiser ficar 30 dias lá, eu vou. Eu tenho direito a férias, como qualquer um.
Na próxima terça-feira, os aparelhos voltam a ser instalados nos táxis da cidade, depois de um período de ajuste técnico. A previsão da EPTC é de que até maio o teste revele se a Capital precisa ou não de mais táxis.