
Com suspeita de uma infecção de febre Chikungunya em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Saúde realizou, na manhã desta quinta-feira (26), um bloqueio entre as ruas Luiz de Camões, São Francisco e Euclides da Cunha, no Bairro Partenon.
A região corresponde ao raio de 50 metros da casa do paciente com suspeita da doença. É um caso importado, já que ele retornou de viagem ao Caribe no início de fevereiro. Em novembro, outro caso importado foi confirmado.
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A aplicação gerou uma névoa de veneno nas áreas externas das casas. Esse produto não é nocivo aos mamíferos. Quem tem aves ou répteis como animais de estimação teve que informar às equipes.
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Como é a transmissão?
A febre não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá, aqui no Brasil, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (menos comum no país), que se proliferam em água parada. Em torno de sete dias após picar uma pessoa contaminada, os mosquitos podem transportar e transmitir o vírus durante toda a vida.
Quais os principais sintomas?
No início, os sintomas são muito variados e semelhantes aos da dengue. A grande diferença está nas dores musculares e articulares, semelhantes às da artrite, bastante severas e que podem durar semanas ou até meses.
A doença pode matar?
Diferentemente da dengue, que possui uma variação mais severa - a hemorrágica, cuja taxa de mortalidade pode superar os 10% -, a febre chikungunya não costuma atingir um quadro tão grave. Conforme o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade é muito baixa e não alcança 1% dos infectados. Casos de óbito normalmente ocorrem em pessoas cuja imunidade já está muito debilitada devido a outras complicações.
Como tratar?
Não há tratamento para curar a infecção, nem vacinas. O cuidado é paliativo, com uso de remédios como paracetamol e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. Se as dores nas articulações forem muito severas e permanecerem por muito tempo, o médico pode recomendar o uso de corticoides.
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Como se prevenir?
Valem as mesmas regras de prevenção contra a dengue, que é feita pelo controle do mosquito transmissor. Evitar acúmulo de água parada, usada pelos insetos para se reproduzir, é a principal medida. Além disso, quem viajar a locais com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, ilhas do Caribe, Guiana Francesa e países africanos e do sudeste asiático, deve usar repelentes e tomar outros cuidados para evitar picadas de mosquito.
* Zero Hora e Rádio Gaúcha