Porto Alegre

Regulamentação

Uber critica formato do projeto aprovado por vereadores da Capital

Empresa reclama da proibição de atuação de motoristas de outras cidades

Minutos depois da votação do projeto de lei pelos vereadores da Capital, o Uber, mais popular dos aplicativos de transporte em operação na cidade, reagiu com uma nota que revelava insatisfação com o conteúdo aprovado. A empresa ressaltou que o texto votado "ainda não é lei" e afirmou que "mais do que tornar o sistema ineficiente, alguns dos artigos aprovados hoje (ontem) são claramente inconstitucionais". Entre os tópicos que estariam em desacordo com a Constituição, no entender do Uber, figuram a proibição de que motoristas de outras cidades possam trabalhar na plataforma e a cobrança de uma taxa mensal fixa dos motoristas.

Leia mais:
Projeto que regulamenta o Uber é aprovado na Câmara

Opção "NovoUBER" simula como seria o serviço com aprovação de projeto
Uber ganha espaço no transporte de estudantes em Porto Alegre

A chamada Taxa de Gerenciamento Operacional (TGO) foi, aliás, o tema mais controverso avaliado ontem na Câmara. O texto original da prefeitura previa o pagamento de 50 UFMs ao mês (R$ 182,50). Na pauta, havia emendas que propunham a mudança da TGO para 30 UFMs, para 20 UFMs e para 1% do valor de cada viagem realizada. Prevaleceu a proposta das 20 UFMs (R$ 73).

Tal "mensalidade", de acordo com a nota da empresa, "desconsidera diferentes perfis que dirigem por meio do aplicativo: por exemplo, motoristas que dirigem quatro horas por semana vão pagar o mesmo que motoristas que usam o aplicativo 44 horas por semana". Segundo o Uber, "ao entrar na plataforma, o motorista parceiro já deve dinheiro".

Na nota, a empresa diz que o prefeito José Fortunati tem agora "a oportunidade de vetar esses artigos inconstitucionais e promover o debate para a criação de um projeto de lei que realmente seja bom para a cidade de Porto Alegre".

Em entrevista na manhã desta terça-feira ao programa Timeline, da Gaúcha, Fabio Sabba, diretor de comunicação do Uber, avaliou como "muito ruim" o projeto que saiu da Câmara nesta segunda:

– É provavelmente o pior que já foi aprovada por Câmara no Brasil.


GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
  • Mais sobre:
RBS BRAND STUDIO

Sala de Redação

13:00 - 15:00