
Em meio às comemorações dos 145 anos, a Carris tenta sair da crise enfrentada desde 2012, ano em que começou a receber aportes da prefeitura para fechar as contas. Somente em 2017, foram R$ 20 milhões. De acordo com a presidente da companhia, Helen Machado, os repasses devem ser suspensos a partir de agora para custeio. Caso novos valores sejam transferidos, serão para investimentos.
– No passado, faltou ter a visão de que a Carris é uma empresa. Ela precisa se manter sozinha dentro do que ela pode gastar – relata.
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De acordo com a presidente, os custos da empresa são maiores, já que a frota não é padronizada, o que obriga a manter peças de diversos modelos de ônibus, a estrutura além do que o necessário e a burocracia na aquisição de veículos, o que diminui a competitividade.
Sobre declarações do prefeito Nelson Marchezan referentes à privatização da Carris caso os prejuízos não sejam revertidos, a presidente destaca que há um tempo curto até o final do ano para fazer uma projeção sobre a sustentabilidade da companhia.
– O prefeito deseja uma empresa que se mantenha de forma independente – diz.
Em 2012, a prefeitura aportou R$ 5,3 milhões nos cofres da empresa. No ano seguinte, o valor pulou para R$ 28 milhões. Já em 2014, foram injetados R$ 49 milhões. Em 2015, o montante ficou em R$ 48 milhões. No ano passado, o rombo foi de R$ 55 milhões.