
Um homem relata profunda tristeza após ver seu filho ser vítima de racismo em uma das ruas mais simbólicas da faceta luxuosa de São Paulo. Jonathan Duran, um homem branco, estava com o filho, que é negro, enquanto falava ao celular em frente a uma loja da grife Animale quando uma vendedora os interpelou dizendo que "ele (Lucas, o filho de Jonathan) não pode vender coisas aqui". O racismo e o tom de acinte da vendedora da marca provocaram um desabafo de Duran no Facebook. Até a tarde desta segunda-feira, o post original tinha 2,2 mil compartilhamentos e 4,3 mil curtidas, com comentários de apoio dos internautas.

"O meu filho e eu fomos expulsos da frente desta loja enquanto eu fazia uma ligação porque, em certos lugares em São Paulo, a pele do seu filho não pode ter a cor errada", disse o pai pela rede social.
Marca causa polêmica com campanha contra o preconceito: "Macaco é um animal, Fabrício é um ser humano"
"Havia quem me indicasse o elevador de serviço", conta ex-ministra negra sobre época em que viveu no RS
Mais notícias sobre racismo
A loja lançou uma nota aos consumidores também em sua página no Facebook, que não foi bem aceita pelos fãs da página.
"Em uma nota, que deveria conter explicações e as atitudes que serão tomadas, vocês ainda conseguem fazer marketing. É sério isso? Vendo isso, só confirmo o que já sabia: vocês não foram pegos de surpresa", diz um internauta.
Posted by Animale Brasil on Terça, 31 de março de 2015
Caros clientes e amigos da marca, Viemos até vocês para falar sobre o fato ocorrido no último sábado em uma de nossas...
Jonathan, por sua vez, não foi convencido pelo pedido de desculpas da Animale.
"É como lamentar que choveu em dia de piquenique. Estou fazendo tudo isso para promover a mudança social para meu filho e todas as crianças terem um futuro melhor. Ainda não vejo vocês contribuindo para isso", escreveu.