Tiago Abravanel compartilha um tanto de seu gosto musical nos shows da turnê "Eclético", que começou em outubro, está rodando o país e chega nesta sexta a Porto Alegre. No palco, ele canta hits do pop brasileiro e internacional, de soul e rock a axé e pagode. O ator e cantor conversou com ZH e conta o que o público pode esperar da apresentação que fará no Auditório Araújo Vianna.
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Como foi criar este show?
A variedade de gêneros vem da necessidade que sentia de me expressar por completo, acho que eu precisava dessa explosão interna. Apesar de também gostar do clássico e do sofisticado, as minhas raízes vêm da cultura popular. E, no fundo, estava louco para cantar um pouco de tudo aquilo que faz parte da minha vida e me representa. Adoro pop, soul, axé e pagode. O show costura canções de forma que eu possa brincar com elas. A canção Como uma Deusa, por exemplo, a gente testou no Carnaval deste ano e com ritmo de axé. Foi um escândalo, e a galera delirou.
Essas músicas atravessam vários períodos do pop brasileiro e internacional. Como foi fazer a seleção?
Selecionei canções de cada estilo musical que tem a ver comigo. São músicas que gosto de cantar e que ficam bem na minha voz. Ainda estou buscando a minha praia musical, descobrindo quem sou como artista na música. Mas o fator determinante para a escolha desse repertório foi o gosto por me comunicar com pessoas diferentes. Por isso, optei por estilos que falem com um público maior e que esperava me ver no palco cantando.
A concepção do show foi pensada em forma de espetáculo. O que podemos esperar ver no palco?
Não tem bailarino, mas tem um cenário diferente que foi inspirado naqueles livros infantis em que as figuras e desenhos pulavam das páginas, tipo um 3D de papel. É algo que ninguém espera: do nada, um papelão no chão se transforma em mesa com cadeiras, por exemplo. Alguns músicos também participam do show atuando. As backing vocals brincam comigo no centro do palco em várias músicas, o percussionista encarna meu avô e brinca com a plateia. E, por conta do meu pé quebrado, em função do acidente sofrido no Desafio do Faustão, acabei chamando uma atriz para me ajudar a compor algumas cenas nas quais eu pularia muito e agora não posso (risos). Não tinha como ignorar minha veia teatral nesse show, é ainda um momento de transição. Não estou com pressa, quero curtir cada momento.
Como artista, seja cantor ou ator, sua vontade é ser popular, atingir o máximo de pessoas?
Acho que a maioria dos artistas tem vontade de atingir o grande público. Todo artista está em busca contínua do afeto, de ser amado. Talvez o que me diferencie dos outros é que meu coração é gigante. Tenho vontade de levar todo o povo lá pra casa, fazer um grande churrasco, cantarolar e jogar conversa fora até o dia amanhecer. O que quero dizer com isso é que me considero um cara acessível, que gosta da troca com o público no sentido mais simples da palavra. A galera só quer um carinho de volta. O meu trabalho autoral provavelmente não será essa mistura toda de estilos, mas lembrem de onde eu venho, então faz sentido me sentir confortável nesse ambiente pop.
Como cantor, você surgiu para o grande público com o musical "Tim Maia - Vale Tudo". O que essa experiência trouxe para a sua carreira?
Esse período revelou para mim mesmo um novo caminho como artista, que é a música. Antes do espetáculo, eu não pensava em ser músico, apenas ator. Devo ao Tim Maia essa minha descoberta e, por isso, ele continua fazendo parte do meu repertório. Faço uma grande homenagem a esse grande homem.
SERVIÇO
"Eclético"
Nesta sexta-feira, às 21h. Classificação: 12 anos. Duração: 1h40min.
Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), em Porto Alegre.
O show: em Eclético, o cantor apresenta cerca de 40 hits, divididos em blocos como romântico, latino, sertanejo, pagode, rock e axé.
Ingressos: R$ 85 (plateia alta lateral), R$ 95 (plateia alta central), R$ 105 (plateia baixa lateral), R$ 135 (plateia baixa central), R$ 160 (plateia gold). Desconto de 25% para sócios do Clube do Assinante e acompanhante.
