
Domingo, a estreia da Copa no Estádio Beira-Rio foi marcada pela goleada francesa, o vexame da pane no sistema de som que impediu a execução dos hinos e alguns detalhes a serem corrigidos.
Nesta quarta-feira, a vitória da seleção da Holanda sobre a Austrália mostrou que vários pontos foram melhorados, mas alguns ainda podem ter um ajuste maior. Confira a avaliação de Zero Hora.
Leia todas as notícias sobre a Copa 2014
Confira a tabela completa do Mundial
MELHOROU
CHEGADA DOS TORCEDORES

Foto: André Feltes
O acesso à área de restrição foi muito melhor do que no jogo França x Honduras, apesar de ter havido mais concentração de torcedores: a maioria do público chegou aos bloqueios a menos de duas horas da partida. A Brigada Militar aumentou o número de pontos de revista no encontro da Borges de Medeiros com a Padre Cacique, o viaduto Dom Pedro I. Orientadores mostravam pontos de passagem com revista até no Parque Marinha do Brasil a quem não se dava conta.
A liberação das ruas que desembocam na Padre Cacique também facilitou a vida de quem veio do Menino Deus.
SAÍDA DOS TORCEDORES
A pista bairro-centro da Padre Cacique foi liberada para pedestres logo após o jogo, o que facilitou muito o escoamento. Cada portão tinha sua respectiva saída apontada por orientadores com megafones.
ACESSIBILIDADE

Foto: André Feltes
Antes e depois do jogo, o carrinho disponibilizado pela prefeitura para pessoas com dificuldade de locomoção foi visto pegando e deixando passageiros na rua A. Na chegada, o corretor Sérgio Luiz Svoboda, 60 anos, elogiou o serviço e a gentileza dos motoristas.
Rogério Wanderley, 31 anos, disse que no último jogo faltava uma pequena rampa para cadeirantes no estacionamento. Nesta quarta-feira, o problema estava corrigido.
HINOS
Ao contrário de domingo passado, os hinos tocaram. Não era só uma questão de honra: os altofalantes levantam o astral de um jogo de Copa em aproximadamente 723% - com os times perfilados, pôde-se ter a exata sensação de estar vivendo um momento histórico.
AINDA A MELHORAR
ENTRADA NO ESTÁDIO

Foto: Rodrigo Müzell
Como o jogo era mais cedo, às 13h, o público chegou mais junto ao Beira-Rio. Isso fez com que se formassem filas maiores e mais demoradas para a passagem pelos detectores de metais. Faltaram orientadores junto à rua A um pouco depois do meio-dia, quando houve o maior fluxo de torcedores. O problema foi corrigido em cerca de 20 minutos, quando um pelotão de voluntários apontava, 50 metros antes da calçada, as variadas entradas de que dispõem os torcedores.
- Fiquei meia hora na fila, que estava bem bagunçada - afirmou Marcelo Morosini, que entrou no estádio faltando 15 minutos para o início da partida.
BANHEIROS
Na arquibancada inferior, as filas vistas no domingo passado não se repetiram e havia cestos de lixo para a torcida. No anel superior, porém, houve uma espera de pelo menos cinco minutos para entrar no reservado masculino.
TRANSPORTE DE TORCEDORES
O serviço das linhas especiais para o Beira-Rio não funcionou tão bem na partida entre Austrália e Holanda, na comparação com o jogo de estreia no domingo. O trânsito pesado praticamente dobrou o tempo de viagem de algumas rotas como a do Aeroporto e do Centro. Do aeroporto, se levava cerca de meia hora para chegar ao estádio antes da partida entre França e Honduras. Desta vez, o tempo foi bem maior.
- Levei praticamente uma hora para chegar. Havia bastante trânsito na chegada - afirmou o torcedor carioca André Torres.
Do Centro, em vez dos 15 minutos habituais, a viagem demorava cerca de meia hora. Como resultado, o intervalo entre as saídas dos carros também aumentou.
- Fiquei bem mais de 15 minutos aguardando a chegada de um ônibus - reclamou Ênio Amorim.
BARES E ALIMENTAÇÃO
Torcedores que deixaram para comer um lanche mais reforçado no intervalo de Austrália e Holanda enfrentaram filas e, em alguns casos, ficaram a ver navios. Em boa parte dos bares da arquibancada superior restavam apenas salgadinhos e bebidas. Em poucos pontos ainda havia sanduíches, cheeseburguers e cachorros-quentes.
Mesmo assim, muitas filas nos bares e nos carrinhos que vendem cerveja, espalhados pelos corredores de circulação.
- Procurei em três lancherias e não encontrei comida em nenhuma - reclamou Paulo Bortoli.
Uma das causas da falta de comida no estádio apontada por um dos atendentes dos bares é que mais gente almoçou no Beira-Rio, em comparação com domingo, porque o jogo era mais cedo.