De ídolo a dispensável em menos de um mês. Nem mesmo os dois gols na goleada por 4 a 1 no Gre-Nal e as provocações a D'Alessandro (dentro e fora de campo) foram o suficiente para que o argentino Alán Ruiz continuasse no Grêmio para a próxima temporada.
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Seu empréstimo não será renovado. Tanto que o garoto de 21 anos foi liberado pela direção uma semana antes do jogo contra o Flamengo para regressar a La Plata, a 55km da capital Buenos Aires, na Argentina, onde voltou a morar com a família.
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O San Lorenzo, dono de seus direitos econômicos, exigia ao menos U$$ 2,5 milhões para vendê-lo em definitivo. Quantia que o Grêmio não dispõe e que também não conseguiu levantar junto a investidores.
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Em política de contenção de despesas para a próxima temporada, o clube optou por abrir mão do herói do clássico, que foi titular com Enderson Moreira no primeiro semestre, mas não conseguiu agradar a Felipão.
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Em entrevista a ZH, Alán diz não guardar qualquer mágoa da direção e tece elogios ao treinador, com quem diz ter evoluído na marcação e se tornado um jogador mais completo. Também se derrete ao mencionar o carinho que recebeu dos gremistas e afirma que pretende voltar a jogar na Arena no futuro.
Como foi tua saída do Grêmio?
Terminou meu contrato com o Grêmio e agora estou de férias. Estou muito tranquilo, vou esperar para ver o que acontecerá.
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Qual é o sabor de decidir um Gre-Nal e virar ídolo da torcida?
A sensação de fazer dois gols em um Gre-Nal é extraordinária, fiquei muito feliz. Foi uma forma de agradecer aos torcedores do Grêmio pelo apoio e pela confiança que me passaram.
Você foi ídolo e, em menos de um mês, foi dispensado pelo Grêmio.
Foi uma situação complicada. Dei alegria para a torcida com estes gols e logo depois tive de sair. No futuro, se o Grêmio precisar de mim, acho que deixei uma boa impressão para retornar.
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Você sofreu por ter de deixar o Grêmio?
Pessoalmente, foi complicado. Eu sonhava que o Grêmio faria a opção de compra, mas isto não aconteceu. Agora tenho de seguir minha vida e me dedicar ao San Lorenzo.
Você pretende retornar?
Certamente quero voltar. Foi uma ótima experiência e, por tudo o que fiz, queria seguir no Grêmio. Foi muito bom receber uma chance em um clube brasileiro, uma satisfação pessoal para mim. Seria ótimo voltar. Se eu tiver a oportunidade, vou dar o máximo pelo grupo. Mas tudo depende do Grêmio.
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Como era teu relacionamento com Felipão?
Eu tinha uma relação muito boa com ele. É um técnico que tem muita história no futebol, sempre o tratei com muito respeito. Foi muito bom ter trabalhado com ele. Ele agregou coisas boas para a minha carreira. Aprendi muito com ele.
O que você aprendeu com ele?
Antes eu não marcava muito, não sabia marcar. Ele me ajudou a melhorar neste fundamento, hoje sou um jogador mais completo por isso. Os auxiliares dele, o Murtosa, e o Ivo, também me ajudaram a aprimorar meu futebol.
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O que você planeja para o futuro?
Meu futuro, a princípio, será aqui na Argentina. Tenho contrato com o San Lorenzo. Se o Grêmio não fizer nada, tenho de me reapresentar em 12 de janeiro.
Você foi procurado por outros clubes brasileiros?
Sim. Meus agentes (Fernando Cosentino e Glauco Zambrano) foram procurados por times interessados, mas nada de oficial.
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Você jogará a Libertadores pelo San Lorenzo? Falou com o técnico Edgardo Bauza?
Já cheguei a conversar com Bauza, ele me falou dos planos para a equipe e disse que conta comigo. Em 12 de janeiro, me reapresentarei e iniciarei a pré-temporada com meus companheiros.
O San Lorenzo caiu no grupo da morte, com São Paulo e talvez o Corinthians.
É um grupo difícil. Mas temos de pensar jogo a jogo. Cada equipe tem uma maneira de jogar, caberá ao nosso time jogar para ganhar. Não é impossível avançar para as oitavas de final.
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