Talvez um tombo, quem sabe um pisão. Otávio não sabe ao certo, mas ao final da partida contra o Coritiba, no Couto Pereira, no dia 21, uma dor anormal prejudicava os movimentos da mão direita. No retorno a Porto Alegre, um exame de raio X detectou uma fratura no dedo anular.
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Otávio sofreu um trauma no quarto metacarpo da mão direita. Ainda atuou na derrota para o Cruzeiro com dores. A cada queda no gramado, sentia o problema. Uma proteção impedia movimentos bruscos, mas a mão utilizada para amenizar as constantes quedas comprometia a lesão. Foi para o vestiário do Centenário com um grande inchaço. Dois dias depois, estava em uma mesa de cirurgia do Hospital Moinhos de Vento para uma intervenção.
Estava sacramentado o fim do primeiro semestre para o jovem de 19 anos.
- Tirei a faixa hoje (ontem), agora tenho de fazer fisioterapia e cuidar para não ficar com a mão para baixo. Senão, incha - explica o meia-atacante.
A cirurgia feita pelo ortopedista e especialista em mão Paulo Ruschel durou cerca de 40 minutos. Como se costurasse a mão de Otávio, duas pequenas hastes de metal perfuram a mão do jogador e são usadas para "colar" novamente o osso quebrado. Em três ou quatro semanas, tudo está normalizado, garante o diretor médico Paulo Rabello:
- O médico faz um pequeno furo na mão e o fio entra pela base do osso, passa pela fratura, até o outro lado da mão para estabilizar o dedo. Quando os jogadores voltarem das férias, em 11 de junho, ele usará uma proteção na mão e treinará normalmente.
No tempo em que estiver parado, Otávio fará um reforço na musculatura das pernas. Um trabalho de força e resistência na academia do Parque Gigante após as sessões diárias de fisioterapia. Para o segundo semestre, o camisa 7 projeta reviver o que fez de bom em 2013. Não quer ouvir as contestações vindas da arquibancada, em Caxias, na última vez em que pisou em um gramado de futebol. Rebateu, inclusive, as informações de que tem sido visto em casas noturnas da Capital e isso tem afetado sua produção em campo:
- Eu nem saio. Se os caras me viram em alguma festa, foi na minha folga. E daí eu posso fazer o que quiser. Não dou bola para o que falam. Importa é que o Inter sabe o que eu faço, meus pais sabem o que eu faço. É isso que interessa - resume a promessa colorada.
