
Uma reunião prevista para esta quarta-feira entre vereadores, Inter e prefeitura de Porto Alegre poderá colocar fim à polêmica em torno de uma possível homenagem ao ex-jogador Fernandão. A morte do ídolo colorado, em acidente de helicóptero no sábado, suscitou sugestões de nomes de ruas, substituição da nomenclatura do viaduto Abdias Nascimento, na Avenida Pinheiro Borda, e até a aposentadoria da camisa 9 colorada.
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Na segunda-feira, o prefeito José Fortunati protocolou na Câmara de Vereadores um projeto para batizar a Rua A, que passa ao lado do Estádio Beira-Rio e liga a Avenida Padre Cacique à Edvaldo Pereira Paiva no sentido Centro-bairro, com o nome de Fernando Lúcio da Costa. No mesmo dia, o vereador Delegado Cleiton repetiu o pedido, mas para a Rua B, que liga as avenidas Padre Cacique e Edvaldo Pereira Paiva em frente ao asilo Padre Cacique.
Não bastasse isso, desde o ano passado, o Inter fez uma proposta inicial à Câmara para batizar as ruas A, B e C - próximas ao Beira-Rio - como Estádio dos Eucaliptos, Nestor Ludwig (ex-dirigente) e Torcedor Colorado, respectivamente. Os projetos estão em tramitação na Casa.
Para o presidente da Câmara, vereador Professor Garcia, um acordo "fraterno" pode ser afinado no encontro de quarta-feira. Além disso, reforça que homenagens em denominação a pessoas podem ser feitas somente após 90 dias de seu falecimento, conforme a Lei Complementar 320, de 1994, da prefeitura de Porto Alegre.
- Tudo é possível. Quero trabalhar com calma, bom senso. Existe solução para ser resolvida de forma fraterna. Mais do que nunca, o Fernandão merece - pondera Professor Garcia.
Na internet, torcedores pedem que o nome do viaduto Abdias Nascimento seja alterado pelo de Fernandão. Isso é possível por meio de uma moção popular, que consiste na coleta de cerca de 50 mil assinaturas - o correspondente a 5% do eleitorado da cidade, segundo números da última eleição. Mas também existe a possibilidade de um vereador ou o próprio Executivo entrar com um projeto de lei sobre a mudança.
- Acho que não precisa disso (moção popular). Mais do que nunca, vivemos em um mundo de imediatismo. Isso mexe com a torcida e ela está mobilizada em cima de um tema emergencial. Mas temos que construir (a proposta). Como presidente, não quero atropelar as coisas - explica Garcia.
Veja no infográfico como foi a queda do helicóptero:
* ZHEsportes