
A palavra que define o debate realizado nesta quinta-feira, na TVCOM entre Marcelo Medeiros, da chapa 01, e Vitorio Piffero, chapa 02, candidatos à presidência do Inter, é "amigável". Os representantes da situação e da oposição, que concorrem à eleição deste sábado, concordaram em diversos pontos levantados ao longo do encontro, discordaram em outros, mas, no geral, fizeram um enfrentamento de alto nível na exposição das suas ideias para o futuro colorado. Os maiores pontos de divergência foram com relação às finanças do clube - mas, de forma geral, os dois tiveram muito mais ideias em comum do que contrárias.
Marcelo Medeiros: "Iremos profissionalizar ainda mais a gestão"
Vitorio Piffero: "Temos a real possibilidade de unir o Internacional"
Os dois concorrentes ao comando do clube para o biênio 2015/2016 trataram de diversos assuntos no debate. E, no geral, mostraram as mesmas ideias sobre o que consideram que o Inter precisa para o futuro. Os maiores pontos de atrito vieram nos questionamentos referentes às finanças e ao orçamento colorado.
Veja como Medeiros e Piffero trataram os diversos temas do encontro:
Técnico, reforços e direção de futebol
Marcelo Medeiros questionou o fato de Vitorio Piffero não ter apresentado ainda seus nomes de treinador e vice de futebol caso seja eleito. O representante da situação - que deve ter Roberto Melo como homem forte do vestiário e Abel Braga como técnico - disse que o torcedor não sabe o que esperar de uma futura gestão Piffero. O candidato da oposição, por sua vez, afirmou que apenas vem seguindo uma prática que tinha quando era presidente: a de não falar em nomes até que tudo esteja concretizado.
De forma geral, os dois candidatos admitiram a necessidade de reforços de peso para o Inter disputar a Libertadores 2015. Medeiros falou em nomes para defesa, meio-campo e ataque; Piffero defendeu a chegada de jogadores qualificados e também um melhor aproveitamento das categorias de base.
União política
Outro tema bastante comentado no debate foi a pacificação dos diversos grupos políticos existentes no Inter. Piffero, que presidiu o clube entre 2007 e 2010, disse que o Inter só chegou às suas maiores conquistas "quando esteve unido de fio a pavio", com jogadores, direção, comissão técnica e torcida. Ele também garantiu que fará o convite a candidatos da atual gestão para participarem do clube, caso seja eleito.
Medeiros devolveu a cortesia e disse que, se vencer a eleição de sábado, também fará um convite ao adversário das urnas para tê-lo ao seu lado, e afirmou que o Inter já vive um momento de respeito e união entre seus diferentes grupos.
Patrimônio
Ao lembrar que o Inter lançou, na última terça-feira, a pedra fundamental do centro de treinamento para as categorias de base, em Guaíba, Marcelo Medeiros ressaltou que esse investimento representa o "futuro da maior riqueza do Inter, que é o seu celeiro de ases". O candidato da situação também disse que tem projetos de melhor aproveitamento do CT profissional. Piffero, por sua vez, declarou que o projeto do CT da base surgiu ainda durante a sua gestão, o que mostra o plano de gestão do clube, e defendeu que o terreno em Guaíba seja transformado em uma "Cidade do Inter".
Sobre o Beira-Rio, os dois candidatos tiveram pontos parecidos. Ambos concordaram que é preciso melhorar a utilização do estádio para o torcedor em diversos pontos, e ressaltaram que é necessário contar com as arquibancadas sempre cheias. Os dois falaram em promoções e preços mais baixos de ingressos, mas não detalharam essas questões sobre a Libertadores.
Finanças
Este foi o ponto em que os dois candidatos realmente estiveram de lados opostos. Piffero questionou Medeiros sobre o fato de ter contado com um orçamento de R$ 300 milhões em 2014 - o maior da história do clube - e mesmo assim, ao gastar R$ 210 milhões no futebol, não ter conseguido nenhum título além do Gauchão. O candidato da chapa 02 declarou também que, na sua opinião, um clube de futebol não precisa dar lucro: o importante é conquistar títulos.
Medeiros, da chapa 01, rebateu e lembrou que as contas da gestão de Piffero, em 2010, foram rejeitadas por um dos grupos que hoje apoia o representante de oposição. Medeiros também disse que não aceita ser chamado de perdulário, e ressaltou que, ao contrário do seu adversário, nunca foi presidente do clube - e disse ainda que, se for eleito, vai usar a experiência do que viu com o seu pai, o ex-presidente Gilberto Medeiros, para fazer a sua parte.
Parceria com a Andrade Gutierrez
A parceria com a Andrade Gutierrez também foi lembrada no debate. Marcelo Medeiros perguntou a Vitorio Piffero qual a sua opinião sobre a conduta do presidente Giovanni Luigi na questão de reforma e gestão do Beira-Rio. Piffero, que antecedeu Luigi e iniciou as obras do estádio ainda de forma independente, disse que o atual presidente entendeu que não teria como seguir com a reforma da maneira que estava proposta. Piffero disse ainda que, ao contrário do que a atual gestão fez, não teria jogado longe do Beira-Rio. Medeiros, por sua vez, lembrou que o clube teve de lidar com problemas com o Ministério Público durante as obras.
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