
Uma comitiva de gaúchos vai pedir que a Petrobras aceite que empresas do Rio Grande do Sul assumam o Polo Naval do Jacuí. Para isso, a estatal teria que desistir de licitar novamente a fabricação dos módulos e usar outro tipo de contrato. As informações são do Blog Acerto de Contas.
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A reunião está marcada para esta segunda-feira, no Rio de Janeiro, com a presidente da Petrobras, Graça Foster. O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Jairo Carneiro, estará no encontro e afirma que há possibilidade jurídica para o acerto. A explicação foi dada em entrevista nesta domingo ao programa Destaque Econômico, da Rádio Gaúcha.
A ideia é que um grupo de empresas gaúchas, que já atuam como fornecedores ou subcontratadas em obras da Petrobras, assumam o contrato de US$ 800 milhões que foi rescindido com a Iesa Óleo e Gás. Elas atuariam na fábrica que foi construída em Charqueadas.
A reunião desta segunda-feira também servirá para confirmar o que representantes da Petrobras já vem sinalizado, de que a estatal e o consórcio TUPI BV vão pagar as dívidas trabalhistas da Iesa Charqueadas.
No fim de novembro, cerca de 1,1 mil trabalhadores foram demitidos e ficaram com salários atrasados e sem pagamento das rescisões. Na época das demissões, a empresa disse que o que levou a isso foi a rescisão de contrato pela Petrobras, que cancelou a licitação de US$ 800 milhões ganha pela Iesa para produzir módulos de plataformas em Charqueadas. A Iesa entrou em crise financeira e descumpriu contrato. A diretoria negou que os desligamentos tenham relação com a Operação Lava-Jato.
No entanto, dias antes do anúncio, o presidente da Iesa, Valdir Carreiro, e o diretor Otto Sparenberg foram presos na Lava-Jato. O Grupo Inepar, dono da Iesa, está em recuperação judicial.
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