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Tentativa de acerto

Presidente da Petrobras garante contratos em execução no RS

Em reunião no Rio de Janeiro, Graça Foster garantiu a continuidade das obras previstas para o Polo Naval de Rio Grande

Diego Vara / Agencia RBS
Em Charqueadas, no Polo Naval do Jacuí, a Iesa demitiu mil empregados

Em reunião com lideranças de Rio Grande nesta segunda-feira, a presidente da Petrobras, Graça Foster, garantiu a continuidade das obras previstas para o Polo Naval do município, apesar das denúncias na Operação Lava-Jato.

O encontro, na sede da estatal no Rio de Janeiro, durou duas horas. Graça Foster relatou o momento de alerta que vive a indústria naval brasileira depois dos casos de corrupção envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras e políticos.  Mas afirmou que as obras licitadas - os oito cascos replicantes e três navios-sonda - serão executados no Polo Naval de Rio Grande. Também garantiu a construção das plataformas P-75 e P-77 no estaleiro QGI, em Rio Grande, e no estaleiro EBR, em São José do Norte, a P-74.

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No momento, estão sendo construídos dois cascos no Estaleiro Rio Grande: o  da P-67 e P-69.  O casco da P-68 será feito na China - para evitar atrasos na construção. As demissões no Polo Naval, segundo a Petrobras, fazem parte do fim da obra da P-66 e são consideradas como um processo natural.

As obras previstas para a região devem ficar prontas em cinco anos. Graça Foster disse que, no decorrer das investigações da Operação Lava-Jato, não há previsão de novos projetos para o Polo Naval gaúcho.

As lideranças da cidade pretendem marcar uma nova reunião ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para pedir suporte aos trabalhadores e à industria naval do Rio Grande do Sul.

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Em Charqueadas, trabalhadores foram demitidos

No fim de novembro, cerca de 1,1 mil trabalhadores foram demitidos e ficaram com salários atrasados e sem pagamento das rescisões. Na época das demissões, a empresa disse que o que levou a isso foi a rescisão de contrato pela Petrobras, que cancelou a licitação de US$ 800 milhões ganha pela Iesa para produzir módulos de plataformas em Charqueadas. A Iesa entrou em crise financeira e descumpriu contrato. A diretoria negou que os desligamentos tenham relação com a Operação Lava-Jato.

No entanto, dias antes do anúncio, o presidente da Iesa, Valdir Carreiro, e o diretor Otto Sparenberg foram presos na Lava-Jato. O Grupo Inepar, dono da Iesa, está em recuperação judicial.

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