O mercado financeiro continua pessimista em relação ao desenvolvimento econômico. De acordo com o boletim Focus, apurado e publicado semanalmente pelo Banco Central, o crescimento da economia está estimado agora em 0,52%. Na pesquisa anterior, analistas e investidores tinham a perspectiva de aumento de 0,70%.
Esta é a 14ª semana consecutiva em que o mercado diminui a expectativa de crescimento da economia do país. Há quatro semanas, a projeção para o aumento do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) brasileiro era de 0,86%.
Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o PIB relativo ao segundo trimestre de 2014, que apresentou queda de 0,6% em comparação com os três primeiros meses do ano. O indicador já havia caído 0,2% no primeiro trimestre do ano, na relação com os três últimos meses de 2013. O encolhimento da economia por dois trimestres consecutivos coloca o país na chamada recessão técnica.
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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continua no mesmo patamar, de 6,27%. Não houve também alteração na perspectiva para o câmbio. O dólar continua estimado em R$ 2,35, ao fim do ano. Os juros básicos da economia (Selic) deve fechar o ano em 11%. Os preços administrados, aqueles com influência do governo, crescerão 5,05% ante os 5,10% da pesquisa anterior. A produção industrial poderá ter ligeira melhora, ao passar de -1,76% para -1,70%.
A dívida líquida do setor público terá uma ligeira queda na percepção do mercado, passando de R$ 34,99 bilhões para R$ 34,94 bilhões.
* Agência Brasil