A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 não para de cair. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, as projeções contaminam, inclusive, a perspectiva dos economistas para 2015. Pelo documento, a economia brasileira crescerá apenas 0,33% este ano, uma queda em relação à projeção anterior, que era de 0,48%, e de 0,79% há um mês atrás.
Esta é a 16ª semana consecutiva em que o mercado revisa suas planilhas para baixo. Para 2015, a taxa mediana da Focus também recuou, passando de 1,1% para 1,04%. Quatro semanas antes, a estimativa de crescimento para o próximo ano estava em 1,2%.
As mudanças ocorreram mesmo com a parada nas correções que o mercado fez esta semana em relação ao desempenho negativo da indústria. Conforme a pesquisa, o setor manufatureiro terá retração de 1,98% em 2014, como já era esperado na semana passada.
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Vale lembrar que um mês antes, a expectativa era de uma diminuição da atividade da ordem de 1,76%. Para 2015, a previsão é de recuperação do setor, que deve ter expansão de 1,5% - mesma taxa do documento anterior. Há um mês, a mediana estava em 1,7%. Há quase um mês, o IBGE divulgou que o PIB recuou 0,6% no segundo trimestre do ano e revisou para pior do número dos primeiros três meses do ano.
Os analistas também mantiveram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. A Focus desta segunda-feira aponta uma mediana de 35% ante taxa de 34,89% de um mês atrás. Para 2015, a mediana subiu de 35,04% para 35,30%.
Inflação
A pesquisa revelou que as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficaram congeladas em 6,29% tanto para o final deste ano quanto para o fim de 2015. Há um mês, as estimativas para esse índice eram de 6,25% também nos dois casos. Já a previsão suavizada para o IPCA para os 12 meses à frente subiu de 6,24% para 6,28% - quatro semanas atrás estava em 6,21%.
Nas estimativas do grupo Top 5 da pesquisa, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de médio prazo também não sofreu alterações, ficando em 6,28% para o final deste ano e em 6,40% ao fim de 2015. Um mês atrás, a mediana das previsões para o IPCA eram, respectivamente, de 6,32% e 6,48%.
Para o curto prazo, tampouco houve ajustes na pesquisa, com a mediana das estimativas para o IPCA de setembro estacionada em 0,40% - também mesma taxa vista quatro semanas antes. No caso de outubro, o ponto central da pesquisa ficou parado em 0,49% ante 0,5% de um mês atrás.
