O ex-médico Roger Abdelmassih disse que a fuga para o Paraguai foi ideia da mulher dele, a ex-procuradora da República, Larissa Maria Sacco, há três anos e meio. A declaração foi dada à Rádio Estadão e a policiais civis na chegada ao Brasil, no Aeroporto de Congonhas, nesta quarta-feira. Em seguida, ele foi encaminhado ao presídio de Tremembé, também em São Paulo.
Abdelmassih devia aluguel de casa em Assunção, no Paraguai
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Aos policiais, ele disse ainda que foi "condenado escandalosamente" e sem provas.
- Eu achava melhor me entregar. Minha mulher disse: 'Não, vamos embora'. Aí falei com minha irmã que tem um haras em Presidente Prudente. Fomos para lá. De lá fomos para o Paraguai.
Contou ainda a estratégia de fuga e a rotina em Assunção:
- Fiquei três anos e meio no Paraguai. Assunção é uma cidade boa, barata, de gente simples. Gostam dos brasileiros.
Ele conta que vivia em "uma bela casa", com quatro quartos e aluguel custava US$ 1,8 mil (cerca de R$ 4 mil). Segundo Abdelmassih, O imóvel foi alugado em nome de uma empresa aberta em sociedade com um amigo. Os filhos gêmeos nasceram no Paraguai e ele sempre vivia disfarçado.
- Eu usava peruca. Não saía de casa sem peruca. E óculos. Ficava diferente do que eu era. O ex-médico foi condenado a cumprir 278 anos de prisão por 56 estupros cometidos contra as próprias pacientes, entre 1995 e 2008. Abdelmassih teve o registro profissional cassado em agosto de 2009.Ele foi preso na última terça-feira, em Assunção, no Paraguai.
