
As primeiras pistas encontradas pela Polícia Federal (PF) apontam para possibilidade de que os autores do ataque à agência da Caixa na Rua Doutor Campos Velho, na zona sul de Porto Alegre, sejam remanescentes de uma quadrilha desarticulada pela corporação no mês passado. A ação frustrada dos criminosos, que explodiram o terminal eletrônico na madrugada desta segunda-feira mas não conseguiram levar o dinheiro, reforçam a hipótese dos investigadores.
Com o uso de explosivos, pelo menos três bandidos danificaram o caixa às 3h44min. Trata-se do quarto ataque sem sucesso à agência do bairro Cavalhada nos últimos meses. O banco passou a ser alvo de investigação da PF em janeiro deste ano.
Ao longo da manhã, agentes da corporação juntam indícios para identificar os criminosos. Entre as medidas, está a coleta de impressões digitais na porta de vidro e análise das imagens de câmeras de segurança.
Por se tratar de um banco da União, a PF é a responsável pela investigação do crime - no atendimento à ocorrência, contou com o apoio da Brigada Militar. Os agentes estão vasculhando a cidade em busca dos responsáveis - até as 9h, não havia a informação de suspeitos detidos.
Em agosto, PF prendeu 11 do mesmo bando
A Operação Zona Sul, deflagrada em agosto, prendeu integrantes de uma quadrilha apontada como responsável por roubos e ataques a caixas eletrônicos, com atuação voltada à região. Na época, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva (um dentro do Presídio Central) e 19 mandados de busca e apreensão. Além dos nove presos com mandado, outros dois homens foram detidos em flagrante por porte ilegal de arma.
A inexperiência observada no ataque desta madrugada é uma marca do grupo preso pela PF, e é isso que faz com que seja levada em conta a possibilidade de se tratar de remanescentes do bando. Dos seis ataques a agências bancárias e caixas eletrônicos atribuídos à quadrilha até agosto, cinco foram frustrados. Os bandidos conseguiram levar dinheiro de apenas um caixa, dentro de um clube.
O perfil dos bandidos, porém, não os torna menos perigosos. O uso de explosivos em proporções exageradas pode acarretar em grandes estragos.
Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS

*Zero Hora