
Você sabia que é possível um candidato a deputado assumir uma cadeira na Assembleia ou na Câmara de Deputados tendo menos votos do que outro? Isso acontece porque as eleições proporcionais - em que são escolhidos deputados ou vereadores - levam em conta os chamados quocientes eleitoral e partidário para definir quem é eleito.
Um cálculo utilizado pela Justiça Eleitoral brasileira determina a quantidade de votos de que uma legenda (partido ou coligação) precisa para eleger um número específico de deputados ou vereadores. Por isso, nem sempre o candidato mais votado é eleito. Quem concorre depende não apenas da sua votação, mas também da quantidade de votos do partido ou da coligação que representa.
Para exemplificar, pode-se lembrar o caso de Enéas Carneiro, eleito deputado federal em São Paulo, no ano de 2002, com mais de 1,55 milhão de votos - maior votação em eleições proporcionais na história do país. Assim, o candidato do extinto Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA) levou outros cinco dos sete concorrentes do partido nanico à bancada paulista na Câmara Federal. Sendo que quatro deles sequer alcançaram a marca de mil votos.
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Como são feitas as pesquisas eleitorais?
Cabe salientar que, ao escolher um candidato para deputado ou vereador, o eleitor está facilitando a eleição dos outros candidatos do mesmo partido. Além disso, é possível votar só na legenda (os dois primeiros números do partido). Assim, o voto vai para a coligação e aumentam as chances de seus candidatos serem eleitos.
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* Zero Hora