Com a ajuda do leitor Flávio Humberto Ruas, estou lançando um apelo às autoridades para que seja imediatamente resolvido um grave problema de trânsito e de metabolismo de Porto Alegre que vem se verificando e continuará a se verificar em nossa cidade.
Só um exemplo: anteontem, segunda-feira, pouco mais de cem pessoas trancaram o trânsito nas proximidades da estação rodoviária, das 8h às 12h, longas quatro horas.
Havia, entre os veículos impedidos de circular pela barreira imposta pelos manifestantes, ambulâncias com pessoas doentes e táxis transportando doentes e inválidos no rumo de hospitais. Algumas entre essas pessoas corriam risco de vida com a longa paralisação.
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Além disso, é óbvio que milhares de trabalhadores e estudantes ficaram impedidos de chegar aos seus destinos em face da manifestação, que continha um protesto singelo: os manifestantes trancavam o trânsito inteiro em grande parte da cidade por um protesto que visava ao seu direito de moradia.
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Houve, durante as quatro horas, longos engarrafamentos nas avenidas e ruas da região e, por consequência, em outras centenas de vias da cidade.
Ora, se esse grupo estava protestando na rua durante uma manhã inteira de segunda-feira, por óbvio não estava trabalhando, ou melhor, seus integrantes não trabalham. E até o Flávio Humberto Ruas conclui que essas pessoas que obstruem o trânsito não têm moradias porque não trabalham. E Flávio diz que é constituído de vagabundos e ociosos esse grupo de protestantes.
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Há muito tempo que esta coluna luta para que ninguém tranque o trânsito em nome de direitos que nada têm a ver com o trânsito. E qualquer grupo de ociosos sente-se no direito de prejudicar toda a comunidade com paralisação total do trânsito. Se ainda permitissem que uma fila andasse, mas não, a trancação é geral. É preciso que as autoridades ponham um fim a esses verdadeiros colapsos de circulação de pessoas e veículos na cidade durante o protesto por reivindicações, muitas das quais não legítimas.
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Quando é que vai acabar isso? Segunda-feira foi um inferno, vagabundagem e desordens triunfantes diante da cidade inerme, estupefata e indefesa. Vão parar com isso, seus vadios! A polícia tem de ser chamada imediatamente para dispersar esses tranca-trânsito que esculhambam a cidade há anos. Pois há anos esta coluna reclama contra isso!
Opinião
Paulo Sant'Ana: uma desordem antiga
O colunista escreve às segundas, quartas, sextas, sábados e domingos em ZH
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