
O diretório estadual do PDT aprovou no início da noite desta sexta-feira o ingresso do partido no governo de José Ivo Sartori. Os trabalhistas, que também fizeram parte da administração de Tarso Genro, indicarão os titulares de duas secretarias e terão uma cota de cargos em comissão a ser definida.
O deputado federal Vieira da Cunha, candidato ao Piratini na última eleição, será o secretário da Educação. A outra pasta do PDT será a de Obras. O deputado estadual eleito Eduardo Loureiro é o favorito para a vaga por contar com a preferência de Sartori. Após a reunião do diretório, o peemedebista telefonou para Loureiro reforçando o convite que já havia sido feito pessoalmente. O ex-prefeito de Santo Ângelo diz que está dividido entre os apelos de Sartori e a pressão dos seus eleitores:
- É um dilema. Tenho sofrido pressão da minha base porque a região não tem representante na Assembleia. Ao mesmo tempo, o convite do governador me deixa muito balançado.
Se Loureiro não quiser assumir a secretaria, o cargo será do deputado estadual Gerson Burmann. Além da titularidade da pasta, o PDT pretende indicar o presidente da Corsan.
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Na reunião que definiu o ingresso do partido no governo, apenas líderes como o ex-governador Alceu Collares e o deputado federal eleito Afonso Motta se manifestaram contra o convite de Sartori. O argumento é de que a sigla deveria priorizar a construção de uma candidatura própria nas eleições de 2018 e que a presença na administração do PMDB poderá prejudicar os dois nomes que são apontados como possíveis concorrentes ao Piratini, José Fortunati e Lasier Martins.
Para aceitar o convite, o PDT abriu uma brecha no discurso que era encampado pela direção da sigla no início das negociações com o PMDB. Os trabalhistas queriam, no mínimo, três secretarias (mesmo número que ocuparam no governo do PT). Como o governador eleito decidiu fazer uma reforma administrativa e reduzir o número de pastas, o PDT acabou aceitando a oferta de duas secretarias.
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