
Depois de quatro dias de paralisação dos bancários em todo o país, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) tenta dar fim à greve. Nesta sexta-feira a entidade convocou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) para apresentar nova proposta de reajuste. A oferta prevê 8,5% no reajuste salarial e nos demais benefícios mensais, 9% de aumento para os pisos e 12% para o vale-refeição.
- Vamos avaliar a proposta. Ainda falta o resultado da negociação da pauta específica com a Caixa e o Banco do Brasil _ explicou Juberlei Bacelo, coordenador de Política Sindical da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do RS.
Clientes observam atendimento mais demorado por causa da greve
Como se virar com a greve dos bancários
Se a categoria aceitar os termos oferecidos pela Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários deve repassar às entidades regionais a orientação de votar a favor da proposta, em assembleias que devem ocorrer na semana que vem. Do contrário, a greve terá continuidade. Até o fechamento desta edição, não havia definição.
Desde o início da campanha salarial, em agosto, ocorreram oito rodadas de negociação, mas não houve consenso. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 12,5%, sendo 5,8% de aumento real, piso salarial de R$ 2.979, 13ª cesta (bônus que acompanha o 13º salário), cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, vales-alimentação e refeição de R$ 724 cada, fim de metas consideradas abusivas e do assédio moral, auxílio-educação, gratificação de caixa e de função e vale-cultura de R$ 112,50.
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Na negociação anterior, no dia 27 de setembro, os bancários rejeitaram a proposta de reajuste de 7,35% para salários e demais verbas salariais e de 8% para o piso. Nesta sexta-feira, os bancários da Capital fizeram uma passeata por ruas do Centro da cidade.