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Cada artista é capaz de identificar em sua trajetória certos momentos-chave, aqueles que apontam uma virada total, um desdobramento sutil ou até mesmo uma confirmação. A artista Marilia Fayh reconhece alguns em sua carreira, e os celebrará nesta quinta-feira (9/6), às 18h30min, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), quando inaugura uma ampla exposição e lança um livro que repassam seus 30 anos de produção e comemoram os 60 de vida.
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Esculturas e gravuras apresenta um resumo da obra da artista que nas últimas décadas tem se dedicado especialmente ao processo da escultura em bronze. Mais de 50 peças estão reunidas em uma das galerias do segundo andar do museu, enquanto outra sala apresenta 20 litografias (gravuras impressas com matriz em pedra) – a maior parte das obras pertence a coleções particulares. O livro, também intitulado Esculturas e gravuras, inclui textos de nomes como Armindo Trevisan, Danúbio Gonçalves, Paulo C. Amaral e André Venzon – este curador da exposição.
Porto-alegrense nascida em 1956, Marilia Fayh se formou em Publicidade e Propaganda interessada em trabalhar com desenho e ilustração. No começo dos anos 1980, contudo, decidiu fazer uma virada que marcaria sua entrada no mundo artístico: começou a estudar no Atelier Livre de Porto Alegre.
Tendo aulas com nomes como Danúbio Gonçalves e Carmen Moralles, Marilia passou a ser incentivada a se desenvolver como artista. E, logo, daria um desdobramento em seu trabalho ao migrar do desenho para a gravura e a escultura. Desde então, vem dando forma a um universo povoado de figuras femininas, vinculando-se a uma linguagem moderna pautada pelo fazer artesanal.
– Danúbio me ensinou a olhar. E a Carmem me disse: és uma escultora. Desenho, escultura ou gravura a gente faz com as mãos. Mas a arte se faz com o olhar – diz.