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O lançamento da programação da 10ª FestiPoa Literária com show de Vitor Ramil, marcado para esta sexta-feira, no Theatro São Pedro, foi adiado. Segundo a organização, a mudança de data foi realizada em respeito ao público, que poderia ter dificuldade de acessar o Centro Histórico por conta dos protestos e paralisações que marcam o dia.
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O espetáculo foi reagendado para 10 de maio. Os ingressos adquiridos serão válidos para a nova data. Quem quiser o ressarcimento do valor da entrada, deverá ir até bilheteria do Theatro São Pedro entre os dias 3 e 9 de maio. A bilheteria fica aberta de segunda a sexta, das 13h às 18h30min ou até o horário de início do espetáculo; e sábados e domingos, das 15h até o horário de início do espetáculo.
Por e-mail, Vitor Ramil divulgou um comunicado sobre o show. Leia a íntegra:
Venho informar que, em apoio à greve geral, foi adiado o espetáculo de abertura da 10ª Festipoa, marcado para hoje à noite.
O show idealizado pelo Fernando Ramos, idealizador também da Festipoa, reuniria (e reunirá) as minhas canções, a poesia de Angélica Freitas, os desenhos de Alemão Guazzelli, a animação de Lívia Koeche e a voz de Gutcha Ramil.
Respeito muito o Fernando Ramos e seus colaboradores pela extrema dedicação e esforço com que têm realizado a Festipoa ao longo dos anos. Agora os respeito ainda mais pela decisão de adiar o evento de abertura.
Acho que uma noite de música e poesia seria por si só uma ação política na noite desse 28 de abril, especialmente pelo que íamos apresentar. Mas fico feliz por termos encontrado, em comum acordo, uma maneira de realizá-lo em data futura próxima, sem deixarmos assim de nos posicionar objetivamente ao lado da população brasileira nesse dia de paralisação.
Para quem não poderá assistir ao show de hoje, ou no dia em que vier a acontecer, deixo os versos de Antônio Botto musicados por mim, que soam de arrepiar na voz da Gutcha.
abraço a todos
Vitor Ramil
SE EU FOSSE ALGUÉM (CANTIGA)
Se eu fosse alguém
Ou mandasse nesse mundo de vileza
Só pensava numa coisa
Acabar com a pobreza
Dar à vida outra feição
Mais igual, mais repartida
Seria meu grande sonho
A minha grande alegria
E a cada boca, num beijo
Dar o pão de cada dia