
Antes de tudo é preciso que se diga: não foi uma boa partida. Nenhum dos dois contendores primou por uma atuação acima do razoável. Equivaleram-se em alguns acertos e, principalmente, na quantidade de erros. Como resultado, entretanto, empatar fora de casa representou para o Juventude a sensação do dever cumprido. Ainda mais que antes dos trinta minutos finais, o zagueiro Ruan praticou uma falta na entrada da área e acabou sendo expulso. Portanto, o zero a zero com o Vila Nova aumenta de valor.
A rigor não se registraram lances agudos e de maior perigo. Foi um jogo morno, em banho-maria, com pouco apetite de gol. Daí, se explica o placar em branco. Faltou ambições ofensivas.
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Como atenuante, conceda-se ao Juventude o fato de ainda estar armando o retrato e a moldura da equipe, totalmente remodelada após o Gauchão. Mas, era de se esperar um pouco mais. Claramente se nota uma dificuldade de articulação em seu setor de meio-campo, onde a bola, além de não estar parando, também está deixando de ter posse e, por conseguinte, troca de passes.
Gilmar Dal Pozzo não pode perder mais tempo para corrigir o quanto antes esse problema. Nesse sentido, a não utilização de Wallacer não encontra justificativa - ele que é um jogador tecnicamente criativo e taticamente obediente.
De qualquer forma, são quatro pontos em dois jogos e isso tem um valor espiritual de elevada importância. Ainda mais porque, em princípio, o Juventude, primeiramente, cultiva o escopo da permanência na Série B. Por enquanto é disso que se fala no Alfredo Jaconi. Se o resto vier, muito melhor.