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Soa até estranho Antônio Carlos Zago recuar D'Alessandro para jogar numa linha com Rodrigo Dourado, como um híbrido de volante e meia. Mas foi a saída encontrada para manter o modelo de time que mais deu certo, o dos 25 minutos de altíssimo nivel do segundo tempo do Gre-Nal.
Zago encontrou equilíbrio entre o meio e o ataque com Uendel formando trio de volantes. Tanto que virou um clássico que se desenhava complicado. Só que Carlinhos se lesionou e, sem outro lateral-esquerdo no grupo, precisou reposicionar Uendel no flanco e colocar D'Alessandro em seu lugar, como um armador recuado e com algumas atribuições defensivas. Trata-se de uma solução emergencial, que supre o padrão de exigência do Gauchão.
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Contra adversários mais fortes, caso do Corinthians na Copa do Brasil, e até mesmo na dureza da Série B, escalar D'Alessandro nesta posição é encurtar sua presença em campo. Aos 36 anos, mesmo que domine os atalhos do campo e tenha compreensão tática acima da média, o argentino não suportará a intensidade que o lugar exige se encarar sequência de jogos.
Zago sabe que essa solução é temporária. Tanto que a direção já vasculha o mercado atrás de um volante de boa saída de bola e com dinâmica. O histórico recente de Carlinhos é pontuado por lesões,. o que recomenda cautela com ele. Com essa estrutura de time adotada pelo técnico, ele virou peça fundamental.