Na sua casa na zona sul de Porto Alegre, o técnico Dunga desconversou sobre a possibilidade de retornar ao comando da Seleção Brasileira. Por volta das 14h, ele saiu a pé de casa. Disse que iria "trabalhar", que estava indo ao 'advogado" e andou cem metros até entrar numa outra casa perto de sua residência.
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Questionado se viajaria à tarde para o Rio, onde nesta terça-feira reassumirá na CBF o cargo deixado em 2010, Dunga foi lacônico.
- A Zero Hora já deu que o anúncio será amanhã (terça), mas não sei de nada. Vocês é que falam - disse o técnico.
Às 14h45min, Dunga deixou a casa do advogado e retornou a sua residência, agora com um documento à mão.
- Você está viajando logo para assumir na Seleção?
- Viajar para onde? - repetia e sorria, como quem esconde o assunto.
No portão de casa, controlou a boxer Madonna.
- Qual o sentimento de recomeço na Seleção? Você parece alegre e feliz.
- Estou sempre feliz - disse, lacônico e sorridente, entrando para dentro de casa.
O nome de Dunga começou a ser cogitado pela imprensa no final da semana passada. Até lá, os preferidos eram Muricy Ramalho e Tite, que sequer foi procurado pela CBF, conforme revelou seu irmão.
O presidente da organização que manda no futebol brasileiro, José Maria Marin, deve confirmar a contratação do gaúcho em entrevista coletiva na manhã de terça-feira, no Rio de Janeiro. Depois disso, ficará a cargo do novo treinador formar a comissão técnica.
A escolha de Dunga, entre outros fatores, passa pela relação próxima que ele tem com o novo coordenador da Seleção, Gilmar Rinaldi. Segundo Marin, o ex-goleiro será responsável por todas as categorias da Seleção Brasileira, inclusive pela equipe feminina. Rinaldi fará a integração entre os times e entre os técnicos e a direção da CBF.
O principal papel de Dunga no comando da Seleção será a renovação da equipe que fracassou no Mundial no Brasil. Além disso, terá de apagar a eliminação nas quartas de final da Copa de 2010, na África do Sul, para a Holanda.
