Política

Livre comércio

Acordo entre Mercosul e União Europeia só deve sair em 2018, diz ministro

Eleições na Alemanha e na França representam um entrave à celebração do acordo de livre comércio entre os dois blocos no próximo ano

Estadão Conteúdo

Marcos Pereira, ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, acha pouco provável que tratado ocorra em 2017

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, disse, nesta terça-feira, que as eleições na Alemanha e na França representam um entrave à celebração do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia já no ano que vem. Por conta disso, ele reforçou que o governo trabalha com a previsão de que o acordo entre os dois blocos comerciais só seja assinado em 2018.

– Alguns entraves farão com que esse acordo saia só em 2018, não obstante haja esforço de alguns players. Por exemplo, o ministro de comércio da Espanha acha que poderíamos concluir o acordo no ano que vem. Entretanto, por causa da eleição na Alemanha e na França, achamos pouco provável que isso aconteça – afirmou o ministro, durante seminário sobre comércio exterior promovido pelo jornal Folha de S.Paulo no centro da capital paulista.

– Esses acordos dependem da concordância do outro lado – acrescentou.

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Uma nova rodada de negociação deve acontecer no primeiro trimestre do ano que vem, disse o ministro.

– Estamos empenhados que esse acordo avance e prevemos a assinatura do mesmo para 2018.

Pereira atribuiu ainda ao governo antecessor, de Dilma Rousseff, o atraso do País nas exportações.

– Não podemos admitir que a nona economia do mundo seja a 25ª em comércio exterior, mas isso foi resultado da política adotada pelo governo afastado – assinalou.

Pereira informou que, para facilitar as transações comerciais com mercados internacionais, o portal único de comércio exterior do governo colocará no ar até o fim do ano o módulo de exportação pelo modal aéreo. No primeiro semestre de 2017, será lançado o modal marítimo e, na segunda metade do ano que vem, o módulo de importação.

A ferramenta, disse o ministro, vai reduzir o prazo médio das dos processos de exportação de 13 para 8 dias e o das importações de 17 para 10 dias. Citando estimativas feitas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Pereira afirmou que o sistema online deve gerar uma economia de US$ 23 milhões com a eliminação de papel.

O ministro responsável pelas políticas industriais do governo Temer manifestou também confiança na aprovação pela Câmara da proposta de emenda constitucional que estabelece um teto às despesas públicas, a PEC 241, cuja votação em segundo turno será realizada nesta terça-feira.

– Temos certeza de que PEC dos gastos será aprovada hoje.

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*Estadão Conteúdo

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