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A denúncia a ser apresentada nesta sexta-feira pelo Ministério Público Estadual à Justiça conclui mais um capítulo das investigações de fraudes no leite. Mas nem de longe encerra o trabalho de vigilância e as ações para apertar o cerco a quem insiste em manchar a imagem do produto gaúcho. Há pelo menos mais duas operações previstas.
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Ao longo desta semana, 15 pessoas investigadas na quinta fase da Operação Leite Compen$ado, deflagrada na semana passada, foram chamadas pelo promotor Mauro Rockenbach para prestar depoimento.
O empresário Ércio Vanor Klein, proprietário da Pavlat, será ouvido nesta sexta. O dono da Hollmann, Sérgio Seewald, preferiu não se manifestar, assim como o funcionário da empresa Jonatas William Krombauer.
Os investigados serão acusados pelo crime de adulteração de produtos alimentícios, que prevê pena de quatro a oito anos de prisão, além de multa.
Com 130 páginas, a denúncia será encaminhada para a Justiça de Teutônia, que abrange os municípios de Imigrante e Paverama, onde ficam as sedes da Hollmann e da Pavlat, respectivamente.
Em paralelo às ações da Justiça, seguem outras inciativas tão importantes como a do MP.
O recém-criado Instituto Gaúcho do Leite tem nesta sexta reunião da câmara temática na qual debaterá como será possível reconquistar a confiança do consumidor diante dos sucessivos escândalos de adulteração. Porque nunca é demais lembrar que tem gente séria trabalhando para produzir um alimento de qualidade.
A Secretaria da Agricultura entregou na quinta-feira à Secretaria da Fazenda o estudo técnico para a implantação de fiscalização permanente em três indústrias sob fiscalização estadual.
O secretário-adjunto da Agricultura, Aureo Mesquita, estima que o estudo de viabilidade econômica possa estar concluído até o final da próxima semana.