
Após 34 horas de rebelião, a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) do Paraná anunciou, por volta das 17h desta segunda-feira, que chegou a um acordo com os presos da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do Paraná. Os dois agentes penitenciários mantidos reféns ainda não foram liberados, o que as autoridades esperam para as próximas horas, para encerrar de vez o motim.
Iniciada neste domingo, a rebelião contabiliza, oficialmente, quatro detentos mortos - dois deles foram decapitados, e os outros dois, atirados do telhado, de uma altura de 15 metros. No entanto, em entrevista à imprensa em frente à PEC, o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Paulo Damas, afirmou que o número de mortos pode variar entre 10 e 20.
A condição imposta pelos presos e aceita pelo governo para o fim da rebelião, segundo a assessoria de imprensa da Seju, foi a transferência de 600 detentos para outros presídios. O número é mais da metade da população carcerária divulgada neste domingo - 1.038. Além disso, cerca de 145 presos já foram transferidos desde o início das negociações.
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Ainda conforme a pasta, o destino e a data de transferência dos apenados não estão definidos.
- Esse é o próximo passo, organizar todo esse movimento. Mas o mais importante e que era o nosso foco, já conseguimos - disse a assessora de imprensa Mara De Carli.
A Seju divulga que, oficialmente, foram quatro mortos - mas não descarta que possa haver mais. O número de feridos e os danos causados à estrutura da PEC serão levantados nas próximas horas.
Confira imagens da rebelião: