
O doleiro Alberto Youssef passou mal no início da tarde deste sábado e foi levado para o hospital Santa Cruz, em Curitiba. Segundo a superintendência regional da Polícia Federal no Paraná, Youssef continua internado e vai passar por exames. Não há previsão para que o doleiro volte à carceragem.
Revista publica foto de doleiro Alberto Youssef no hospital
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De acordo com a PF, ele teve uma indisposição entre 13h e 14h e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o levou até o hospital, devidamente escoltado por policiais. Réu da Operação Lava jato, o doleiro está preso desde março na carceragem da PF, na capital paranaense.
Em nota divulgada no começo da madrugada de domingo pela comunicação social da PF no Paraná, o órgão informa que o motivo da internação foi "uma forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica". Ainda segundo a PF, essa é a terceira vez que o doleiro é internado após a prisão. O órgão frisa ainda que "são infundadas as informações de possível envenamento" de Youssef.
Entenda o caso
Desde março, quando foi preso pela Polícia Federal, o empresário Alberto Yousseff saiu da carceragem da PF em Curitiba três vezes, todas pelo mesmo motivo: necessidade de internação por problemas cardíacos. A última delas foi neste sábado (25), quando uma indisposição no início da tarde o levou ao hospital Santa Cruz, na capital paranaense. A ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi escoltada por policiais durante todo o percurso.
Na manhã de domingo, uma série de boatos se espalharam nas redes sociais sugerindo que o doleiro havia morrido de envenenamento. Youseff foi o principal personagem da última edição da revista Veja, veiculada sexta-feira. Conforme a publicação, o empresário, que firmou acordo de delação premiada com a Justiça, prestou depoimento à Polícia Federal e acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff de terem "conhecimento das tenebrosas ações na estatal".
Yousseff, no entanto, segue vivo, está sob observação no hospital e pode ser liberado em até 48 horas. As informações são da assessoria de imprensa da PF. Em nota, afirmou ainda que, não havendo nenhuma outra intercorrência, o delator retornará à carceragem da PF da Superintendência em Curitiba. De acordo com outra nota, assinada pelo diretor clínico Arthur Neto e pelo cardiologista Rubens Darwich, o doleiro apresentava "sinais de desidratação e emagrecimento importante", sem apresentar quadro de intoxicação. Os exames realizados constatam "sinais vitais dentro da normalidade", dizem os médicos, e o paciente apresenta-se "lúcido e orientado".
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu a Dilma o direito de resposta em relação à reportagem da revista Veja, que foi obrigada a publicar a nota da coligação da candidata à reeleição. A resposta afirma que a publicação semanal tenta "influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade".
Sobre o estado de saúde de Yousseff, o candidato Aécio Neves (PSDB) disse que espera que ele continue bem "para dizer aos brasileiros tudo que sabe". Dilma Rousseff não se manifestou, mas o PT, em sua página no Facebook, definiu os boatos como "golpe baixo", afirmando que a onda de notícias falsas invadiu as redes sociais para tentar prejudicar a presidente, candidata à reeleição. Já o presidente do TSE, Dias Toffoli, afirmou que "não cabe à Justiça tomar medidas sobre boatos".
Yousseff, dono de uma companhia de câmbio no Paraná, é réu de investigação sobre um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões, em transações que se referem a desvios de verba da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Ele e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foram presos pela Polícia Federal em março, durante a Operação Lava-Jato.
