
Os exames de dois moradores do Rio Grande do Sul com suspeita de terem sido infectados pelo vírus chikungunya, doença com sintomas semelhantes aos da dengue, devem ser concluídos até o final do mês, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Se a análise confirmar a doença, o número de pacientes com casos do vírus importado - quando o chikungunya é contraído fora do local de residência dos pacientes - subirá de dois para quatro no Estado.
Em julho, segundo a SES, um casal de brasileiros que trabalha no Haiti foi diagnosticado com a doença em solo gaúcho. Eles estavam apenas visitando o Rio Grande do Sul, e teriam sido infectados no país caribenho. Em setembro, outros dois casos suspeitos do vírus foram encaminhados para a análise. A previsão do governo do Estado é que os resultados sejam divulgados ainda em outubro.
Um dos pacientes mora em Caxias do Sul, na Serra, e o outro em Estância Velha, no Vale do Sinos. Ambos viajaram a países da América Central antes de sentirem os sintomas da doença, de acordo com a SES.
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Secretaria da Saúde alerta para vírus semelhante à dengue
No país, até o dia 11 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 337 casos do chikungunya no Brasil, sendo 87 confirmados por critério laboratorial e 250 por critério clínico-epidemiológico, que leva em conta os sintomas apresentados e o vínculo com pessoas que já contraíram a doença.
Do total, 38 casos são importados, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 299 casos foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 274 em Feira de Santana (BA), sete em Riachão do Jacuípe (BA) e um em Matozinhos (MG).