Ao ser questionado por investigadores da Operação Lava-Jato sobre a ausência de Paulo Maluf (SP) na lista de deputados do PP que receberiam recursos da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef respondeu com ironia:
- O Maluf você acha que ele ia se contentar com R$ 150 mil? Ou com R$ 100 mil? Ou com R$ 50 mil? Ele não precisa disso - riu.
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A afirmação foi feita em depoimento de delação premiada do doleiro em outubro de 2014, na Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, na presença de delegado e de procurador da República.
Zero Hora teve acesso ao vídeo do depoimento em que Youssef detalhou o suposto esquema de arrecadação na Petrobras que envolve o PP. Foi nesta fala que ele citou os parlamentares do partido que receberiam uma mesada, com valores entre R$ 30 e R$ 150 mil, financiadas com recursos repassados por empreiteiras ao PP com base em percentuais dos contratos firmados na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada então por Paulo Roberto Costa. Os deputados são investigados em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Durante o depoimento, um dos investigadores pede que o doleiro cite os "honestos", que não integrariam o grupo da suposta mesada. Para surpresa deles, Maluf está fora do esquema, segundo Youssef, como demonstra a transcrição da conversa:
- Dos honestos, com certeza Ana Amélia (PP-RS) não recebia, com certeza o Bolsonaro (Jair, PP-RJ) não recebia, é... Maluf não recebia desse esquema - disse o doleiro.
- Como assim Maluf não? - questionou um dos investigadores.
- Não recebia. O Maluf você acha que ele ia se contentar com R$ 150 mil? Ou com R$ 100 mil? Ou com R$ 50 mil? Ele não precisa disso.
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Zero Hora procurou o gabinete do deputado Paulo Maluf que não se manifestou até a publicação deste reportagem.
*Zero Hora