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De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, a Procuradoria-Geral da República relatou, em documento enviado à corte, que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Com o repasse, o objetivo seria que Cerveró não fechasse acordo de delação premiada ou, se o fizesse, não citasse o parlamentar.
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O ministro relatou ainda uma atuação "concreta e intensa" de Delcídio e André Esteves, banqueiro que também preso nesta quarta-feira, para libertar o ex-diretor da estatal. Nestor Cerveró está preso desde janeiro deste ano, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
André Esteves, banqueiro dono do BTG Pactual, também preso nesta quarta, teria uma cópia da delação premiada de Nestor Cerveró. No depoimento, o ex-diretor narra crime de corrupção por Delcídio na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.
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De acordo com os documentos da PGR, Delcídio planejou a possibilidade de fuga de Cerveró. O senador procurou o filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró para fazer a proposta. Ele estava acompanhado do advogado do ex-executivo, Edson Ribeiro, que também foi preso. O banqueiro André Esteves estaria a par das negociações.
No áudio interceptado pela PF, há uma discussão sobre meios e rotas de fuga de Cerveró do Brasil. A recomendação de Delcídio seria que o ex-diretor fugisse pelo Paraguai, e não pela Venezuela.
* Zero Hora com informações do Estadão Conteúdo