
As edições online dos principais jornais do mundo deram destaque ao dia de mobilizações contra o governo no Brasil. Publicações como o Clarín, da Argentina, o The Washington Post, dos Estados Unidos, e o britânico The Guardian enfatizaram o enfraquecimento da administração da presidente Dilma Rousseff. Na capa do seu portal, o Clarín estampou manchete dizendo que milhares saíram às ruas para "pedir a destituição de Dilma".
Leia mais:
Manifestações de rua injetam combustível no impeachment
Alckmin e Aécio Neves são hostilizados na Avenida Paulista
Com "coxinhaço", manifestantes a favor do governo se reuniram no Parque da Redenção
"Os manifestantes vestiam camisas verde e amarelas, da Seleção Brasileira, durante os protestos que se estendem por mais de 400 cidades e que, pela primeira vez, têm apoio explícito de partidos da oposição", diz o texto.

O The Guardian destacou que, apesar de Dilma não estar implicada diretamente em casos de corrupção, seus principais aliados estão, e que isso prejudicou a imagem do governo perante a população.
O jornal Público, de Portugal, estampou uma foto na sua edição online na qual um cartaz com a inscrição "Fora, Dilma" era mostrado. O periódico enfatizou também o direcionamento das queixas ao ex-presidente Lula.

"Lula na cadeia era uma reivindicação constante na manifestação de domingo, como já tinha sido em manifestações anteriores do mesmo gênero", afirma.
O correspondente do The Washington Post no Brasil lembra ainda que a possível saída do PMDB do governo, que começou a se desenhar na convenção do partido, no sábado, é outro sinal de enfraquecimento de Dilma.