
Ganhar do Flamengo seria quase um título. Os cariocas são favoritos, mas um improvável sucesso colorado significaria três vitórias mais para os mágicos 45 pontos que impedem o descenso, restando ainda Santa Cruz e Ponte Preta no Beira-Rio, além do Cruzeiro. A luz no fim do túnel sairia da penumbra e ganharia algum brilho se o milagre acontecer.
Do jeito que o Inter não engrena com Celso Roth após 14 jogos (oito derrotas), parece-me que o caminho único, além da reza, é tentar equilibrar a inferioridade em relação aos adversários com aquela ideia de final de Copa. Não é garantia de nada, eu sei. Jogar futebol ajudaria. Mas é o que restou na mediocridade. E pensar que, para não cair, é preciso apenas chegar à frente de quatro, sendo que dois (América-MG e Santa Cruz) já estão no caixão.
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Está errado associar organização apenas ao sistema defensivo. Muito mais difícil é a mecânica ofensiva, porque implica no risco de perder a bola e acionar movimentos coordenados de recomposição. Não se pode pensar em ataque e defesa separadamente, primeiro um e depois o outro.
Se um time se defender sem saber como atacar – e vice-versa –, leva bola nas costas e perde, como o Inter contra o Botafogo. O Flamengo tem uma das melhores defesas do Brasileiro. Levou 26 gols. Terá de furá-la. Há preocupação no Beira-Rio em como fazer isso ou a lógica será só defender e apostar tudo no contra-ataque, em casa?