Paulo Germano

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Jornalista formado pela PUCRS, está em ZH desde 2006, mas foi em 2015 que se tornou colunista do jornal. Antes, atuou nas áreas de política, geral, cultura e esportes. É comentarista da RBS TV. Já venceu o Prêmio Petrobras de Jornalismo e foi finalista do Prêmio Esso. PG, como é chamado, escreve sobre vida real.

Transporte coletivo

Pacote de Marchezan para restringir isenções na passagem chegará à Câmara em abril

Pessoas com idade entre 60 e 64 anos e obrigatoriedade de cobradores a partir das 20h entrarão em debate na Câmara de Vereadores

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Deve chegar em abril à Câmara de Vereadores o pacote do prefeito Marchezan propondo reduzir as gratuidades no transporte público. Pessoas com idade entre 60 e 64 anos – que hoje não pagam passagem se tiverem renda de até três salários – estão na mira da prefeitura. Há duas hipóteses em discussão:

1) Reduzir de três para um salário o critério de renda para a gratuidade. O argumento é que, quando a lei atual foi aprovada, um salário equivalia a US$ 100. Hoje, beira os US$ 300.

2) Manter a isenção a quem hoje tem direito, mas extingui-la para quem fizer 60 anos após a promulgação da lei.

Marchezan só não propõe a mesma discussão às pessoas com mais de 65 anos porque, neste caso, o direito à gratuidade é garantido pela Constituição. Para evitar um desgaste maior, o prefeito desistiu da ideia de acabar com a segunda passagem gratuita para quem usa dois ônibus em um intervalo de meia hora.

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O pacote que chegará à Câmara deve propor também o fim da obrigatoriedade de cobradores a partir das 20h – quando os passageiros só poderiam pagar a passagem com cartão, e não mais com dinheiro – e em dias de passe livre. Para a prefeitura, além de reduzir o gasto das empresas com pessoal, a medida coibiria os assaltos à noite.

Marchezan ainda pretende abrir uma articulação nacional para discutir no Congresso a gratuidade de carteiros, oficiais de Justiça e outros profissionais que, na avaliação do prefeito, deveriam ter suas passagens pagas pelos empregadores. Hoje, segundo a EPTC, 35% dos usuários de ônibus são isentos da tarifa – o que deixaria a passagem quase R$ 1,50 mais cara. No fim do mês, ela deve ser reajustada para R$ 4,05.

Embora a intenção inicial de Marchezan fosse assinar um acordo com as empresas para que elas revisassem o valor da tarifa se a Câmara aprovar a redução das isenções, dificilmente algum impacto no valor da passagem será sentido antes de 2018.

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