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Era para ser o canal de contato para a prefeitura saber o que não funciona na cidade – ou até ser elogiada, por que não? Mas a Ouvidoria-Geral do Município responde aos e-mails assim: "A caixa de correio está cheia e não pode aceitar mais mensagens". Se o cidadão prefere o telefone, não é atendido.
A coluna constatou o problema no último dia 7, depois de receber um e-mail da leitora Lucy Copstein, que desde junho tenta contestar a cobrança do IPTU de um imóvel que não é seu. A prefeitura prometeu retorno à coluna, mas não respondeu. Nesta segunda-feira (14), repetimos o teste e a impossibilidade de comunicação persiste.
– O que a gente faz? Reclama para o bispo? – questiona Lucy.
A função da ouvidoria é diferente do papel do 156, telefone para solicitação de serviços. Conforme decreto municipal de maio de 2013, a ouvidoria deve "receber reclamações, elogios, comentários e sugestões da sociedade", "auxiliar na busca por soluções" e "apresentar ao prefeito relatório mensal dos atendimentos".
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