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Considerada por uma lei estadual a "Capital Nacional do Chimarrão", em 2009, Venâncio Aires não poderia abrir mão de um passeio para exaltar a bebida.
Feita somente com agendamento junto à Secretaria de Turismo do município (51 3983-1093 ou cultura@venancioaires.rs.gov.br), a Rota do Chimarrão demonstra o potencial produtivo e de desenvolvimento tecnológico da erva-mate na região e também ajuda a preservar e a divulgar a cultura alemã, de forte influência no Vale do Rio Pardo. Confira a seguir as paradas do roteiro.
1. Produção
O "caminho verde" começa na indústria da fabricante de erva Elacy, que fica no Km 73 da RST-287. Lá, o visitante poderá assistir a todo o processo industrial do produto, desde a chegada da folha, direto do produtor, até a moagem, o processamento e a embalagem da erva. Por ser uma empresa exportadora, a Elacy também disponibiliza o acesso ao setor de armazenamento, onde a erva é maturada. Da fábrica, a rota segue o caminho da zona urbana de Venâncio Aires, cidade com cerca de 60 mil habitantes.
2. Memória
A parada seguinte é no Parque do Chimarrão, onde é realizada bienalmente a Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim). Arborizado, o local é propício para um momento de descanso e contemplação da natureza.
Na sequência, é possível conhecer o museu da cidade. Inaugurado em 1994, o espaço abriga peças e documentos relacionados à cultura alemã dos imigrantes. Marco Antônio Rodrigues, guia turístico da prefeitura, assinala que, durante todo o trajeto, são apresentados detalhes sobre os pontos visitados.
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3. Monumento
A Igreja São Sebastião Mártir, cuja construção se iniciou no fim do século 19, entra no roteiro do passeio. Ostentando uma arquitetura neogótica, é considerada a segunda maior igreja do estilo da América Latina - a primeira localiza-se na cidade vizinha, Santa Cruz do Sul. Na praça que fica em frente, está instalado um monumento em forma de cuia, onde é fornecida água quente para o chimarrão.
4. Aprendizado
Foto: Prefeitura de Venâncio Aires, divulgação
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Um pouco afastada do centro da cidade, a última parada é na Escola do Chimarrão, na Linha Travessa. Além da teoria, que incluiu a história da erva-mate - inclusive o processo de uso medicinal -, o visitante aprende a (ou tenta, ao menos) fazer 36 tipos de chimarrão.
- Para quem quiser, a escola fornece até certificado da atividade - reforça Rodrigues.