Representantes do tradicionalismo gaúcho não temem que o movimento fique com a imagem abalada depois que o Centro de Tradições Gaúchas Sentinelas do Planalto foi atingido por um incêndio em Santana do Livramento.
Para o presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Manoelito Carlos Savaris, a questão não é se o local receberia ou não um casamento gay, mas que o clube onde deve ocorrer a cerimônia não é um CTG:
- Aquilo não é um CTG, não é filiado ao MTG e não tem nenhuma relação conosco. É um clube que tem um cidadão que usa para benefício próprio e o chama de CTG. Não tenho como proibi-lo de chamar assim.
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Savaris acredita que a questão já virou "caso de polícia" e que afeta a imagem de todo o Rio Grande do Sul no país inteiro.
- Passa a imagem de que nós somos excludentes. Dá a ideia de que aquilo tem alguma relação com o MTG, mas não existe.
Sobre casamentos em entidades tradicionalistas, ele diz que não há cerimônias "nem homo nem hetero" em CTGs. Caso a questão venha a surgir, ela será debatida dentro do movimento. Savaris lembra que o MTG é plural:
- No movimento tradicionalista tem muitos homossexuais.
Vilmar Romera, presidente da Fundação Cavalgada do Mar, discorda de que um CTG possa ser lugar para um casamento gay:
- Acho horrível, é ridículo. É um lugar para o gauchismo. Sou contra totalmente, pois deve ter outros lugares para isso.
Com 50 anos de tradicionalismo, Romera lembra que o clube de Livramento está há oito afastado do MTG. Ele classifica o Sentinelas do Planalto como uma "entidade comum":
- Para o meio tradicionalista, este CTG não existe.
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