
Figura central da polêmica a respeito do casamento entre duas mulheres dentro de um CTG em Santana do Livramento, a magistrada Carine Labres tenta tirar do ar um perfil falso atribuído a ela no Facebook. A página mostra frases como "Aqui no Rio Grande do Sul só tem bambi" e "Gaúcho é tudo baitola?".
Para buscar os responsáveis por criar o perfil, o núcleo de inteligência do Tribunal de Justiça foi acionado.
- Estamos entrando com uma ação judicial para tirar a página do ar e responsabilizar os culpados. O perfil tem ataques homofóbicos e informações erradas sobre o casamento - afirma a juíza, ressaltando que o número de ameaças a ela cresceu. - Mas isso tem de ser enfrentado com serenidade - acrescenta.
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Segundo a magistrada, são grupos minoritários da cidade que promovem este tipo de ataque. Na quinta-feira, Carine revelou que há semanas vem sendo escoltada por policiais devido a ameaças, mas não havia revelado nada para não tirar o foco do casamento.
Com a bandeira do arco-íris, símbolo do movimento gay, posta sobre os ombros, ela chegou ao CTG por volta das 9h para acompanhar os trabalhos de reconstrução de parte do prédio, destruída pelas chamas da madrugada de quinta-feira. Pouco mais de 10 voluntários desmontavam a parte atingida pelo fogo - a intenção é que o galpão possa ser reerguido até a tarde deste sábado, para quando está marcada a cerimônia.
- Mas se não tiver condições de segurança, o casamento será realizado em outro local - ponderou a juíza.
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