Geral

Investigação na Petrobras

Juiz diz ser "fantasiosa" suposição de que omite nomes de políticos na Operação Lava-Jato

Sérgio Moro, responsável pelo processo, também rechaça as alegações de que prisões teriam por objetivo "extrair confissões forçadas"

Juliana Bublitz

Enviar emailVer perfil



J. F. DIORIO / ESTADÃO CONTEÚDO
Juiz Sérgio Fernando Moro, responsável pelo processo da Operação Lava-Jato

Em despacho emitido nesta terça-feira, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava-Jato, rebateu a hipótese de que estaria ocultando nomes de políticos suspeitos de envolvimento no suposto esquema de desvio de recursos da Petrobras. A suposição, levantada pela defesa do vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, foi definida pelo magistrado como "fantasiosa".

No texto, Moro afirma que "o objeto deste processo não envolve o crime de corrupção de agentes políticos, mas sim crimes licitatórios, de lavagem e, quanto à corrupção, apenas dos agentes da Petrobras". Para o juiz, "se o dinheiro supostamente desviado da Petrobras foi, depois de lavado, usado (para) pagar vantagem indevida a agentes políticos, trata-se de outro crime que não é objeto deste feito".

O que é a Operação Lava-Jato e qual o impacto dela no Rio Grande do Sul
Delação premiada, temporária, preventiva: entenda alguns termos jurídicos da Lava-Jato

Moro destaca que "eventuais crimes de corrupção de agentes políticos (...) são de competência do Supremo Tribunal Federal" e que, "ao contrário do alegado por parte das defesas, inclusive estranhamente na imprensa e não nos autos, este julgador não está usurpando a competência do Supremo Tribunal Federal, antes, muito pelo contrário, respeitando estritamente suas decisões".

Como a Petrobras se transformou na galinha dos ovos de ouro nacional
Por que a Operação Lava-Jato deve mudar o Brasil para melhor

O magistrado também rechaça as alegações de que as prisões por ele decretadas "visariam a extrair confissões forçadas". Ele garante que a escolha de colaborar ou não com a investigação é "de escolha voluntária" e que isso não tem relação com a manutenção ou revogação da prisão preventiva.

Para finalizar, lembra ter soltado "vários dos investigados presos temporariamente". Segundo ele, "este fato já revela, por si só, a inconsistência do argumento".

Confira as últimas notícias da Operação Lava-Jato
Leia as últimas notícias de Zero Hora

* Zero Hora

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Madrugada Gaúcha

03:00 - 05:00