
No mesmo dia em que denúncias sugeriram que a presidência da Petrobras tinha conhecimento das fraudes em contratos, a estatal decidiu adiar pela segunda vez a divulgação de seus resultados financeiros. As demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 foram postergadas para janeiro devido à Operação Lava-Jato.
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Conforme o comunicado da empresa, fatos ligados à investigação que ocorreram após o dia 13 de novembro motivaram o adiamento. Entre eles está o ajuizamento de ações criminais contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e gestores de empreiteiras ligadas à estatal pelo Ministério Público Federal no dia 11 de dezembro, envolvendo corrupção passiva e ativa, organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.
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Por isso, a Petrobras decidiu postergar a divulgação dos resultados financeiros para o dia 31 de janeiro de 2015. Nesta sexta-feira, a estatal limitou-se a divulgar informações relativas aos indicadores operacionais e algumas informações econômico-financeiras que acreditou não serem "afetadas pelos potenciais ajustes decorrentes da Operação Lava-Jato", segundo o comunicado oficial.
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Um dos dados divulgados foi a receita de vendas. De acordo com a estatal, no terceiro trimestre deste ano a receita de vendas atingiu R$ 88.378 milhões, o que representa um aumento de 7% em relação ao trimestre anterior. Entre os motivos do crescimento estão as maiores exportações de petróleo e ao aumento da demanda no mercado interno.
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