O suspeito de ter estuprado uma adolescente de 16 anos no Gasômetro foi preso na tarde desta quinta-feira. Marlon Patrick Silva de Mello, 25 anos, se apresentou à polícia e foi encaminhado ao Presídio Central.
Conforme a Polícia Civil, o homem compareceu ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) acompanhado do advogado, por volta das 14h. Em depoimento, ele negou ter abusado da adolescente. Após ser ouvido pela polícia, Mello foi levado ao Presídio Central, onde deve permanecer até a data do julgamento.
O suspeito foi preso em flagrante no dia do crime, 12 de outubro, mas solto pela Justiça dois dias depois, por ser réu primário. O Ministério Público recorreu da decisão no dia 20 de outubro, alegando que a soltura do suspeito colocava em risco a sociedade, especialmente a vítima e as testemunhas. Na terça-feira, a Justiça acatou o pedido do órgão e decretou a prisão preventiva de Mello.
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O pedido do MP foi analisado pelo juiz Paulo Augusto Oliveira Irion, que atua na 6ª Vara Criminal, mesmo magistrado responsável por conceder a liberdade ao suspeito. Conforme a assessoria do juiz, a decisão que impôs medidas alternativas à prisão para Mello foi alterada devido aos laudos periciais que comprovam o crime e às declarações da vítima, anexadas ao recurso do MP. Tais provas, conforme a Justiça, não constavam nos autos da prisão em flagrante. A defesa de Mello pode recorrer da decisão.
Após receber o decreto de prisão preventiva de Mello, policiais do Deca realizaram buscas ao suspeito durante toda a quarta-feira, mas não conseguiram localizá-lo.
O advoga do de defesa de Marlon, Adelmo Moraes de Almeida, afirmou que deve recorrer da decisão de prisão preventiva ou encaminhar um pedido de habeas corpus para o cliente.
- Ainda não analisei todo o processo, mas acho a robustez da prova insuficiente para a garantia da prisão. A prova é unilateral, pois apenas a menina foi examinada. Ninguém garante que o material coletado na menina pertence a A, B ou C - afirmou o advogado.
O outro homem preso em flagrante no dia do crime, Rodnei Alquimedes Ferreira da Silva, 56 anos, deve permanecer preso até o julgamento, por já ter sido condenado por roubo com tentativa de estupro.
Suspeitos foram indiciados por estupro
Os dois suspeitos foram indiciados por estupro no dia 21 de outubro. Conforme o delegado Leandro Cantarelli Lisardo, do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), o laudo pericial apontou que os dois abusaram da adolescente.
A polícia ainda aguarda o resultado de um exame que confrontará o DNA dos suspeitos com o material coletado no corpo da vítima. Silva também foi indiciado tentativa de homicídio, por ter atirado em direção aos policiais no momento da prisão.
Moradores de rua ajudaram a socorrer vítima
Foi graças a três moradores de rua que a polícia conseguiu prender os dois suspeitos de terem estuprado a adolescente. Ao ouvir os gritos da vítima, dois foram tentar socorrer a garota, enquanto o outro correu ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) para chamar a polícia. O crime aconteceu próximo ao Anfiteatro Pôr do Sol, por volta das 23h30min do dia 12 de outubro.
A adolescente teria sido abusada sexualmente e agredida pelos homens. Após o crime, ela foi encaminhada ao hospital Fêmina, onde permaneceu dois dias internada. Segundo a família, ela não se lembra do crime.
