
Pode ser para cursar a high school, como nos filmes adolescentes, para começar a carreira profissional com o pé direito ou para aprender o tão sonhado segundo (ou terceiro, ou quarto) idioma. O fato é que a vivência no Exterior é cada vez mais importante para a carreira e se torna cada vez mais prioritária para jovens e adultos no Brasil: só em 2013, foram cerca de 202 mil brasileiros deixando o país para estudar, segundo a Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta).
Quem disse que intercâmbio só se faz aos 20?
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E embora a vontade de conhecer a fundo um novo país e toda uma nova língua seja grande, decidir fazer um intercâmbio envolve muito planejamento e, principalmente, a solução de muitas dúvidas.
Qual a melhor idade para fazer um intercâmbio?
Depende.
- Há um programa de intercâmio para cada época da vida - diz Helena Flores, gerente de vendas da Egali, empresa especializada em levar estudantes a outros países. Ela diz que é importante desmistificar a ideia de que o intercâmbio é algo apenas para universitários, e que há uma variedade de programas para atender a todos os objetivos dos viajantes.
- Vemos cada vez mais adultos, executivos, investindo em intercâmbios para aprender idiomas - afirma Helena.
Para cada idade, há um programa ideal: pré-adolescentes e adolescentes podem cursar alguns meses de junior high ou high school nos Estados Unidos, por exemplo, enquanto um jovem formado no Ensino Médio pode tirar alguns meses para aprender espanhol, inglês ou alemão no país de sua preferência. Os adultos podem optar por programas que permitem trabalhar no local escolhido.
- Pessoas bem mais maduras, com bastante vivência em termos profissionais, estão encaixando em períodos de férias e períodos sabáticos a questão do intercâmbio - explica.
Já Luiza Vianna, gerente de produto da CI - Central de Intercâmbio e Viagem, ressalta que o importante é ter maturidade para tirar o máximo da experiência, em qualquer idade:
- A melhor época para fazer intercâmbio é a época que você quiser, quando a pessoa acha que está pronta, acha que vai tirar o melhor proveito dessa experiência.
E qual é a melhor época do ano para viajar?
Vai depender do destino escolhido. Se você quer conhecer a neve, por exemplo, precisa se organizar para ir no inverno, e, se cansou de frio, pode correr atrás do sol. As especialistas entendem que não tem uma melhor época no ano para ir, uma vez que programas de idiomas são muito flexíveis e acontecem o ano inteiro.
Há, entretanto, uma ressalva: se você quer estudar um idioma, evite os meses de férias (janeiro e julho), em que os destinos turísticos ficam lotados de brasileiros - e, como sabemos, brasileiros gostam muito de andar em "panela".
- O ideal é que não haja muitos brasileiros por perto para você exercitar o idioma que está aprendendo - diz Luiza.
Mas, se você vai andar com amigos brasileiros, tente sempre levar um ou dois "gringos" para falar na língua deles.
E quanto ao dinheiro? Como eu me planejo?
O ideal é sempre contratar uma agência especializada em intercâmbios. São elas que oferecem auxílio com a questão de visto, programação de gastos e qualquer ajuda in loco que você vá precisar em seu destino. É necessário começar a planejar com cerca de um ano de antecedência, especialmente se você é estudante e está querendo se bancar em outro país. Sobre a moeda local, um conselho: é unanimidade entre as agências que o melhor é levar o montante maior em cartões pré-pagos, que possam ser recarregados por alguém no país de origem, e uma quantia menor, para os primeiros gastos, na moeda do país destino. Evite comprar dólares para trocar quando chegar (a não ser que, obviamente, você esteja indo aos Estados Unidos) para não perder dinheiro na conversão.