Gustavo Brigatti
O que fazer quando se atinge a excelência em determinada área? Se reinventar, partir para novos desafios, comprar uma sítio para criar galinhas? Elton John e James Taylor decidiram permanecer na estrada, revisitando seu passado de glória para plateias nostálgicas em shows irretocáveis – como o que realizaram na noite desta terça-feira, em Porto Alegre.
Seguindo rigorosamente o roteiro dos espetáculos que já passaram por Curitiba e Rio de Janeiro, a dupla se apresentou para um Anfiteatro Beira-Rio de ingressos quase esgotados (24 mil pessoas segundo a produção). Vestindo camisa azul e paletó chumbo combinando com a boina, Taylor subiu às 19h56min nos primeiros acordes de Wandering.
Leia mais:
Veja curiosidades sobre o cantor Elton John
Seis discos essenciais de Elton John
Após show de Elton John, gramado do Beira-Rio será liberado a menos de oito horas de Inter e Cruzeiro
De início um tanto tímido, foi se soltando a longo da apresentação: desculpou-se por não poder tocar seu violão por conta de um dedo quebrado, relembrou a passagem pelo primeiro Rock in Rio, apresentou sua banda e procurou interagir o máximo que seu português permitia.
Reservou a primeira parte do show para um repertório mais contido, relembrando temas folk, como Walking Man, Country Road, Today Today Today e Carolina in My Mind. Em Everyday, pagou tributo a Buddy Holly, o primeiro dos covers que apresentaria na noite.
Da segunda parte em diante, esquentou o clima com Mexico, Your Smiling Face e Shower the People, com direito a show particular do backing vocal Arnold McCuller. Em Steamroller, Taylor compensou a impossibilidade de tocar violão manobrando uma gaita de boca. Dois covers arremataram o set list com louvor: How Sweet It Is (To Be Loved by You), de Marvin Gaye, e You've Got a Friend, de Carole King _ esta, cantada em uníssono pela plateia.