
Sem condições de identificar as identidades das vítimas do acidente aéreo que matou o candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) na manhã desta quarta-feira em Santos, litoral de São Paulo, o Corpo de Bombeiros disse que os sete mortos terão de ser reconhecidos por exame de DNA. Com tratores para movimentar os destroços no bairro Boqueirão, a corporação afirma ter encerrado duas das três frentes de trabalho.
- Todos os corpos estavam destroçados, e a aeronave completamente fragmentada. Só conseguimos ver o trem de pouso e as turbinas. O cenário é realmente caótico. Nem que eu quisesse conseguiria identificar as vítimas, só com exame de DNA - explica o coronel Roberto Lago, comandante dos bombeiros na região.
De acordo com Lago, o jato modelo Cessna 560XL caiu sobre seis prédios pequenos e deixou, além das vítimas fatais, outras cinco pessoas feridas, todas sem gravidade. A aeronave não tinha pendências e voava regularmente, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O jato está registrado em nome da AF Andrade Empreendimentos e Participações e tinha capacidade para até 12 pessoas.
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Jato com Eduardo Campos cai em Santos, no litoral de SP
Até o momento, a Anac e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não divulgaram nenhuma informação sobre as causas da queda. O que se sabe é que chovia fraco e o tempo era nublado quando ocorreu o acidente, por volta das 10h.
Em infográfico, veja como foi o acidente:

Pilotos de Guarujá relataram que uma das turbinas do jato pegou fogo logo após arremeter, quando tentava pousar no aeroporto local.
- Vários pilotos comentaram isso. Há a possibilidade de a aeronave ter atingido um pássaro e, depois, perdido uma turbina. Esse avião estava homologado para fazer arremetidas e tinha navegabilidade total - relata o aviador e professor de Direito Aeronáutico Georges Ferreira, que foi alertado por colegas que viram a turbina incendiando.
A Força Aérea Brasileira (FAB) vai colher relatos de pessoas próximas ao local da queda para auxiliar na investigação. Já a Polícia Federal (PF) enviou seis peritos para Santos para ajudar no reconhecimento dos mortos.
Em fotos, relembre momentos da trajetória de Eduardo Campos: