A Operação Zelotes, que investiga possíveis fraudes em decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), deve ter nova fase nesta semana, com a investigação de conselheiros indicados pela Fazenda, conforme a Folha de S. Paulo. Até agora, a maioria dos suspeitos era indicada pelos contribuintes.
Cada turma do órgão tem seis integrantes, sendo três indicados pelos contribuintes e três pela Fazenda (auditores da Receita). Por isso, conforme os investigadores, para que o esquema de corrupção tivesse sucesso, era preciso que pelo menos um conselheiro fazendário integrasse o esquema.
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O principal alvo desta nova fase da operação será o ex-presidente do Carf Otacílio Cartaxo, segundo apuração da Folha de S. Paulo. A investigação já tem três suspeitos de receber propina ligados a Cartaxo. Um deles é o auditor fiscal Valmar Fonseca de Menezes, que o acompanha há 15 anos e era chamado por colegas no fisco como "carregador de pasta" de Cartaxo, informou o jornal paulista.
Em 1990, Cartaxo assumiu uma seção do Conselho de Contribuintes, antigo nome do Carf, para onde indicou Menezes. Dez anos depois, ambos participaram de vários julgamentos no órgão. Depois, em 2007, Menezes foi nomeado delegado da Receita em Recife. No ano seguinte, quando Cartaxo tornou-se secretário-adjunto da Receita,
chamou Menezes para ser seu assessor.
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Já em 2009, Cartaxo assumiu como secretário do fisco e indicou Menezes ao Carf. Dois anos mais tarde, Cartaxo também foi para o Carf, como presidente do órgão, de onde saiu em janeiro. A Folha telefonou para a casa de Cartaxo, que não retornou ao jornal, e não conseguiu localizar Menezes.
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