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Chegou a 4.903 o número de pessoas desabrigadas ou desalojadas no Rio Grande do Sul neste domingo em razão das cheias causadas pela chuva, que até deu uma trégua no sábado, mas voltou a cair em grande parte do Estado no domingo. Na sexta-feira, 122 municípios registravam estragos, número que aumentou para 124 no sábado e chegou a 125 no domingo. Destes, 49 já haviam decretado situação de emergência na sexta. Até as 17h de domingo, mais três prefeitos fizeram o mesmo. Uma nova atualização nos números de atingidos pela chuva deve ser divulgada na manhã desta segunda-feira (5).
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A cheia do Rio Ibicuí, por exemplo, interditou a ponte que liga Uruguaiana e Itaqui, na BR-472, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O trecho da rodovia, na altura do km 415, foi bloqueado nos dois sentidos por volta das 17h deste domingo. A Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) afirmam que a interdição ocorre por motivo de segurança, já que o nível do rio segue subindo. A alteração no trânsito é por tempo indeterminado.
Uruguaiana é a cidade gaúcha que apresenta o estado mais crítico. No município, 1.416 pessoas estão fora de casa devido à cheia do rio Uruguai, que está cinco metros acima do nível normal. A última medição, por volta do meio-dia deste domingo, indicava 11m39cm. O rio Uruguai seguia subindo um centímetro por hora às 19h deste domingo, segundo a Defesa Civil, e preocupando moradores de Itaqui também. Nesse município, 769 pessoas tiveram de deixar as suas casas.
– O rio começou a baixar em São Borja. Nossa estimativa é de que na segunda-feira comece a diminuir em Itaqui e, na terça-feira, em Uruguaiana. Claro, isso depende de fatores como a chuva – disse o coordenador regional da Defesa Civil na Fronteira Oeste e na Campanha, major Rinaldo da Silva Castro.
Em Porto Alegre, de sexta-feira a domingo, o Guaíba se manteve em 1m94cm na Ilha da Pintada e em 2m10cm no Cais Mauá. Conforme a Defesa Civil, apenas uma família precisou ser retirada de casa na Ilha da Pintada e encaminhada para residência de familiares por medida de precaução. A água está o pátio de algumas moradias, mas ainda não invadiu as casas. Para que isso aconteça, o Guaíba, que está estabilizado, teria de subir mais 16 centímetros.